Soares Franco garante que a sua Associação não se opõe a que a Casa do Douro venda ou compre seja o que for, enquanto associação de lavradores que é, mas lembra que a instituição tem funções oficiais por delegação do Instituto do Vinho do Porto, e que há falta de transparência no processo de regulamentação do vinho quando a Casa do Douro compra uma empresa exportadora como a Real Companhia Velha; defende que a partir do momento em que o negócio for realizado a Casa do Douro deve suspender as funções oficiais que detém; Mesquita Montes diz que o que divide a Casa do Douro e a Associação dos Exportadores é o «timing» em que será criado o organismo que passará a regular a qualidade do vinho do Porto; afirma que na campanha de 1989 as empresas exportadoras deixaram por comprar 42 mil pipas de vinho e que a Casa de Douro teve de intervir para que os produtores não ficassem em dificuldades; Montes defende que não há qualquer situação menos transparente com a compra de 40% do capital da Real Companhia Velha; Franco afirma que há problema porque uma entidade fiscalizadora não pode, ao mesmo tempo, ser fiscalizada; garante que a credibilidade do vinho do Porto pode ser afectada e garante que a sua associação vai accionar todos os meios necessários para repôr a transparência da situação; Mesquita Montes diz não acreditar que a Procuradoria-Geral da República inviabilize o negócio de compra de parte do capital da Real Companhia Velha.