Debate na Assembleia da República
Assembleia da República (AR), debate sobre a situação económica e as medidas económicas adotadas pelo governo, com intervenções de deputados do PSD e de Mário Soares.
Resumo Analítico
Deputados no hemiciclo; intervenções (incompletas) de deputado do PSD (não identificado) e de Sérvulo Correia, deputado do PSD, sobre a crise económica. 07m38: Intervenção de Francisco Sá Carneiro, presidente do PSD, sobre a economia e a política nacional e crítica o governo. 15m12: Deputados; intervenção de Mário Soares sobre o facto de não estar em causa a queda do governo e a oportunidade do mesmo explicar alguns aspetos propostos, nomeadamente a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), exalta o direito da AR analisar as ações do governo e a política praticada pelo governo sendo esta "não partidária, é uma política nacional, é uma política que está a ser feita com risco de grande impopularidade que é consciente, uma política que merece ser apoiada por todos aqueles que acreditam na democracia e que sabem que é preciso lutar no nosso país pela sobrevivência dessa democracia". 23m00: Referência à intervenção de Diogo Freitas do Amaral, presidente do CDS, destaca a importância da consolidação e salvação da democracia em Portugal. 26m15: Mário Soares refere as medidas económicas detentoras de "coerência global como forma de ataque à crise" como forma de solucionar a situação dos défices da balança de pagamentos, a necessidade de implementar uma "política de relançamento da economia, tanto no setor público como no setor privado" e "o programa que nós apresentamos e o plano que aqui foi discutido em dezembro último aposta em largos investimentos (...)" nos dois setores. 33m26: Mário Soares refere o movimento sindical e o sindicalismo português e as medidas económicas e destaca aspetos positivos decorrentes da atividade do governo nos últimos meses no ensino, produtividade e a confiança restabelecida que possibilitou o aumento do turismo e o exalta o desempenho do governo. 40m34: Referência à exigência de consenso nacional no que se refere às tarefas a desempenhar, nomeadamente na luta contra o terrorismo, bombistas e todas as formas de violência, o separatismo nos Açores e Madeira, os açambarcadores e especuladores, a alta dos preços e pela melhoria da qualidade de vida dos portugueses destacando a integração do Serviço Nacional de Saúde. 42m54: Mário Soares exalta a necessidade de "derrotar a tentação totalitária neste país e assegurar a liberdade" e que o governo está a pedir ao povo português "que faça sacrifícios, mas não estamos a pedir sacrifícios para a eternidade. Damos uma perspetiva e dizemos que dentro de três, quatro anos se tudo correr bem, se os défices forem reduzidos ou anulados, nós poderemos fazer sair este país do túnel em que esteve restabelecendo os desequilíbrios da nossa economia". 44m59: Prossegue com "para isso estamos a elaborar um plano a médio prazo que será discutido e apresentado a esta assembleia e porá a enfâse principal na luta contra o desemprego, mas para isso é necessário um pacto social, é necessário uma política de concertação (...) precisamos de realizar uma política de trabalho realista e não demagógica (...) neste debate falou-se muito pouco de política de relações de trabalho" referindo-se a proposta de lei relativa ao desemprego. 47m20: Mário Soares salienta o papel dos sindicatos na economia portuguesa e o diálogo com os mesmos, independentemente da sua ideologia, enfatiza a necessidade de uma política de reconstrução nacional e exalta a democracia inerente ao debate que decorreu na assembleia; aplausos de deputados. 50m57: Plano geral da tribuna governamental.