Crónicas dos correspondentes em Paris e Bona
Jornalista José Rodrigues dos Santos conversa, com Luís Delgado e Nuno Rogeiro, especialistas em assuntos internacionais, os correspondentes António Esteves Martins, em Paris, e Eduardo Hélder, em Bona, enviam crónicas por telefone, e em estúdio, Mário Crespo e Manuel Meneses actualizam as informações sobre a guerra que esta noite começou no Golfo Pérsico.
Resumo Analítico
António Esteves Martins afirma que os franceses vivem sentimentos desencontrados porque, por um lado, acreditaram numa solução pacífica até ao fim e, por outro, aceitam que a guerra é a única forma de restabelecer o Direito Internacional; Esteves Martins adianta que o Governo francês ainda não explicou porque é que as tropas enviadas pelo seu país não participaram no primeiro ataque; adianta que uma das possibilidades é o facto de o Iraque usar aviões iguais aos que a França tem na Arábia Saudita, o que poderia causar alguma confusão. Manuel Meneses informa que a segunda vaga de ataques aéreos contra o Iraque tem como objectivo alvos específicos que não foram ainda atingidos. Eduardo Hélder relata que os alemães estão admirados com a precisão dos ataques aéreos das forças multinacionais; adianta que na Alemanha as pessoas estão preocupadas com as consequências ambientais desta guerra; Mário Crespo informa que Saddam Hussein, presidente do Iraque, foi visto, pelos jornalistas da CNN, dentro do edifício da televisão iraquiana. Luís Delgado desvaloriza o facto de Saddam estar vivo e sublinha que o fundamental é a incapacidade do Iraque para responder aos ataques; Nuno Rogeiro lembra, referindo-se à crónica de Esteves Martins, que a força aérea do Kuwait tem aviões Mirage tal como os franceses e os iraquianos, e isso não os impediu de participar nos ataques aéreos.