Crise na Habitação – Parte II
Segunda parte do programa, apresentado pelo jornalista Miguel Sousa Tavares, onde se debate a situação crítica da habitação com Eugénio Ramos, Eduardo Carvalho da Silva, Rui Nogueira Simões e Elias Costa.
Resumo Analítico
Elias Costas, secretário de Estado da Habitação, defende ser necessário encarar a médio e longo prazo o problema da habitação; adianta que reportagem mostra resultado de erros acumulados ao longo de décadas; afirma que o grande problema da habitação está concentrado na Grande Lisboa e no Grande Porto. 02h26m55: Ramos, Associação de Inquilinos Lisbonense, lembra que a sua Associação sempre se opôs à legislação sobre rendas livre, apoiada e condicionada (Lei 46/85) e que 3 anos depois da sua entrada em vigor nenhum dos objetivos propostos está cumprido. 02h29m19: Carvalho da Silva explica que, embora por motivos opostos aos da Associação de Inquilinos, também a sua Associação discordou sempre da nova lei; reconhece ter sido positivo o facto da Lei 46/85 ter terminado com o congelamento de rendas. 02h33m49: Nogueira Simões, Associação de Empresas de Construção Civil e Obras Públicas do Sul, afirma que se não houver alterações à política de habitação, dentro de 10 anos a situação será muito pior do que a atual. 02h36m37: Secretário de Estado afirma que é um erro insistir em compra de casa própria como forma de resolver problema da habitação e adiante ser necessário resolver, também, problemas de ordenamento de território e revitalizar o mercado de arrendamento; defende que crédito a habitação tem de ser controlado como forma de prevenir aumento súbito de preço das casas. 02h40m06: Nogueira Simões lembra que todos os países europeus que resolveram problema da habitação concederam benefícios fiscais a compradores e arrendatários. 02h46m03: Eugénio Ramos diz que quem quer ser inquilino não encontra casas para arrendar e adianta que só é possível falar em liberalização quando houver mercado de arrendamento. 02h52m19: Carvalho da Silva, da Associação Lisbonense de Proprietários, diz que proprietários compram prédios tendo como objetivo o lucro e não funções sociais.