Conversa em Família

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Programa de reflexões de Marcelo Caetano, presidente do Conselho, sobre as reações internacionais, e as críticas das Nações Unidas (ONU), relativamente ao Ultramar português e à política colonial vigente nas províncias ultramarinas.

  • Nome do Programa: Conversa em Família
  • Nome da série: Conversa em Família 1973
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Marcelo Caetano
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Marcelo Caetano pronuncia-se sobre o apoio manifestado por vários setores da sociedade portuguesa ao ultramar e às províncias ultramarinas, o historial dos primórdios da colonização africana e americana e os exemplos da descolonização africana. 07m46: Caetano afirma que "queremos que a sociedade portuguesa seja uma só em que os homens de qualquer cor e qualquer cultura se sintam bem e convivam fraternalmente" e pronuncia-se sobre as críticas de discriminação racial dirigidas a Portugal considerando que os seus acusadores são ignorantes ou mentirosos justificando com exemplos práticos alusivos à igualdade, consideração e trato de todos portugueses sem distinção. 16m50: Caetano refere a existência dos novos estados africanos e de como estes "fizeram da expulsão dos brancos da África Austral uma questão de prestígio. Esses estados são muitos e atrevidos (...) e juntaram à sua volta outros estados. Estados asiáticos, sul-americanos, países comunistas que constituem maioria em todas as assembleias onde se congregam democraticamente as nações" de modo a ilustrar a força associativa do bloco afro-asiático na ONU afirmando que a "tirania da maioria oprime qualquer veleidade de defesa. Esta é a situação em que nos vemos nas Nações Unidas e em várias organizações (...) colocam a questão assim: ou Portugal abandona as províncias ultramarinas ou a maioria o condenará votando contra ele (...)" e destaca a aceitação por parte da ONU dos movimentos terroristas de Angola, Moçambique e da Guiné. 20m16: Referência à luta interna contra dos indivíduos nascidos em Portugal que hostilizam a sua "própria pátria" face à situação colonial, ao apoio crescente por parte da juventude e meios sindicais à "propaganda da subversão e contra o ultramar português, mas assim mesmo a perspetiva de uma livre manifestação dos eleitores a favor do ultramar preocupa os nossos inimigos" que tentam desacreditar o governo e as Forças Armadas. 24m45: Caetano faz referência à "campanha hipócrita conduzida contra Portugal" e à vaga de terrorismo internacional contra Portugal e como governo tem lidado com a situação de forma a "evitar as violências e reprimir quaisquer atos de crueldade". 27m20: Caetano afirma que "sustentamos uma luta armada, estamos sujeitos às suas contingências mas não fomos nós que a desencadeamos. Não somos nós que tomamos a iniciativa dos ataques e os verdadeiros responsáveis (...) são certos indivíduos sobretudo estrangeiros (..) que incitam os nativos à subversão quando não são eles próprios a aliciá-los e ajuda-los para os atos de terrorismo" e "Portugal repudia energicamente a acusação de admitir ou tolerar que populações sejam exterminadas como perante a complacência do mundo e das Nações Unidas sucedem certos estados governados por africanos".

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