Marcelo Caetano aborda a questão relacionada com a revisão da constituição portuguesa, a burocracia inerente à aprovação de propostas, explica o processo burocrático relativo às propostas apresentadas de revisão constitucional e as responsabilidades do governo perante propostas e projetos-lei. 11m20: Caetano afirma que "não aceitei o poder para fazer uma revolução. Nem foi com essa finalidade que ele me foi confiado. Procuro levar o país à adaptar-se a novas ideias e a novas fórmulas, sem sobressaltos escusados e que seriam altamente inconvenientes na atual conjuntura nacional (...) talvez eu fosse mais ousados nas ideias, nas palavras, nos projetos se estivesse na posição de poder limitar-me a reclamar mais liberdade (...) que recebe os aplausos fáceis e contra a qual pode parecer mal até combater. Depois de muitos anos de forte disciplina, os intelectuais estão ansiosos de liberdades (...) infelizmente estou numa situação muito diferente dessas pessoas. Sobre os meus ombros pesam as responsabilidades da defesa nacional com operações militares em três províncias ultramarinas e uma retaguarda sensível". 17m15: Referência a incidente na Assembleia Nacional, nomeadamente a insinuação que a votação à alteração da constituição decorreu com irregularidade, e comentários sobre a proposta e projetos-lei alusivos à revisão constitucional. 27m00: Marcelo Caetano pronuncia-se sobre os métodos de trabalho da Assembleia Nacional definindo-os como liberais e eficientes.