Convento da Madre de Deus
Programa apresentado por Paula Moura Pinheiro e dedicado ao Museu Nacional do Azulejo e aos painéis de azulejos no Convento da Madre de Deus em Lisboa, que prova como a azulejaria portuguesa é um caso único na arte mundial azulejar, conforme nos explica a convidada Alexandra Curvelo, Historiadora de Arte e Conservadora do Museu Nacional do Azulejo.
Resumo Analítico
Início do programa com interiores do Convento da Madre de Deus, sala com paredes revestidas a painéis de azulejos, interior da igreja, painel de azulejos que foi trasladado da Igreja de Santo André, em Lisboa, para o Museu Nacional do Azulejo, destaque para falha intencional no painel por onde deveria entrar a luz do Espírito Santo, Paula Moura Pinheiro, Apresentadora, explica in loco o tema do programa. Grafismo com globo terrestre com destaque para a Península Ibérica e o território de Portugal com a cidade de Lisboa assinalada, exteriores do Convento da Madre de Deus, outrora pertença da Ordem de Santa Clara e que aloja atualmente o Museu Nacional do Azulejo, travelling pela sua entrada e interior, claustro. Comentários de Alexandra Curvelo, Historiadora de Arte, sobre este painel de azulejos que pertencia originalmente à Capela da Nossa Senhora da Vida na Igreja de Santo André, declarações sobre a origem da azulejaria e o papel da azulejaria portuguesa. Retábulo de Nossa Senhora da Vida, de Marçal de Matos, século XVI, um conjunto composto por cerca de 1500 azulejos individuais executado em Trompe-l'oeil, o painel apresenta colunas ao centro e nichos com São João Evangelista e São Lucas, como se de esculturas se tratassem, estas figuras cercam uma Adoração dos Pastores e sobre este conjunto encontramos a Anunciação, o vazio ao meio é o local onde na capela se encontrava uma janela para a entrada da luz do Espírito Santo. Imagem do painel e da pintura maneirista portuguesa "A Descida da Cruz", de António Nogueira, 1564, imagem do remate do friso e a cerâmica esmaltada de Luca della Robbia onde foi buscar inspiração. Painel de azulejos constante da Quinta da Bacalhoa, sala de azulejaria do século XVII do Museu Nacional do Azulejo com painel azulejar a imitar uma tapeçaria, em composição de tapete, herança árabe do gosto pelos têxteis, azulejos de padrão, painel a imitar joias, frontal de altar tripartido em azulejaria com referências a têxteis orientais e com elementos figurativos antropomórficos de animais e elementos vegetalistas como flores, imagem deste frontal de altar e de colcha bordada de Castelo Branco, claustro interior com painel "Caça ao Leopardo", pormenores e explicação do mesmo. Interior da Igreja do Convento da Madre de Deus, fundado em 1509 pela rainha D. Leonor, mulher de D. João II, pintura com D. Leonor, talha dourada que reveste a igreja, pormenor das armas reais, retratos da rainha D. Leonor, mulher de D. Manuel I, e da Infanta D. Maria, pormenores arquitetónicos da igreja, pinturas, painéis de azulejos. Presépio da Madre de Deus, obra-prima da escultura barroca portuguesa de 42 figuras divinas e personagens populares, em barro estofado, policromado e dourado de meados do século XVIII atribuído a Dionísio e António Ferreira e à família Machado de Castro, destaque para a Sagrada Família e cortejo dos Reis Magos. Conjunto de painéis de azulejos com a História do Chapeleiro António Joaquim Carneiro em estilo de banda desenhada. Panfleto da Real Fábrica de Louça ao Rato, imagens em janela de edifícios portugueses antigos revestidos a azulejos e passagem pelo museu com os painéis de azulejos expostos.