Confronto: 4 Candidatos para Belém – Parte II

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Segunda parte do debate moderado pelo jornalista Joaquim Letria com os quatro candidatos às eleições presidenciais de 1976: Major Otelo Saraiva de Carvalho, apoiado por UDP, MES, FSP e PRP, Octávio Pato, candidato e dirigente do PCP, General António Ramalho Eanes, apoiado por PS, PPD, CDS e PCTP, e Almirante José Pinheiro de Azevedo, candidato independente.

  • Nome do Programa: Confronto: 4 Candidatos para Belém
  • Nome da série: Actualidades
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Otelo Saraiva de Carvalho, Octávio Pato, António Ramalho Eanes, José Pinheiro de Azevedo, Joaquim Letria
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Jornalista: Joaquim Letria
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

General António Ramalho Eanes comenta declarações que proferiu na conferência de imprensa (de 8 de junho na Fundação Calouste Gulbenkian), a constituição do governo e a sua relação de cooperação com o presidente da república. 41m26: Almirante José Pinheiro de Azevedo pronuncia-se sobre a relação entre o presidente da República e o governo e a estratégia política inerente a esta ligação; General António Ramalho Eanes responde a Pinheiro de Azevedo afirmando que a constituição do governo deve ir de encontro com as circunstâncias do país e o presidente deve reforçar a ação do governo constituído de modo a assegurar-lhe maior operabilidade; Pinheiro de Azevedo comenta as declarações de Ramalho Eanes. 47m30: General António Ramalho Eanes afirma que o presidente deve reforçar constitucionalmente o governo, independente da sua filiação política, refere a estratégia do PS referindo que não está em representação do PS nem de nenhum partido. 49m20: Octávio Pato comenta a importância das eleições presidenciais para a institucionalização do país e seu processo democrático, a formação do governo e o apoio dos deputados da Assembleia da República e a necessidade de existir um governo operacional e eficiente que detenha o apoio da maioria do eleitorado português; General António Ramalho Eanes refere a obrigação dos portugueses e dos partidos políticos em participar no processo de democratização. 53m28: Pinheiro de Azevedo pronuncia-se sobre a necessidade de um programa político que permita a operacionalidade do governo, a pacificação entre os trabalhadores e os empresários enquanto aspeto essencial para a democracia portuguesa e a consciência política dos portugueses; Ramalho Eanes afirma que a população portuguesa tem "intuição política" e que se encontra fragmentada em partidos, a institucionalização dos novos órgãos e o esclarecimento da população como fundamentais para a resolução da situação política e social observada em Portugal. 58m25: Major Otelo Saraiva de Carvalho destaca a importância da operacionalidade e eficiência do governo que irá ser formado após a eleição do presidente, comenta as declarações de Octávio Pato e de Ramalho Eanes, as responsabilidades do presidente da República na solidificação da democracia e a importância da consolidação das organizações populares de base afirmando que o caminho é para uma "democracia socialista"; Octávio Pato concorda com o desenvolvimento popular de massas e refere a centralização dos poderes políticos na Assembleia da República, a ideia de governo minoritário, destaca a importância do respeito pela constituição relativamente à formação de um governo "que seja suficientemente representativo, maioritário, que tenha o apoio da maioria dos deputados e que procure respeitar o sentido do voto (...) e que não pode ser só socialistas, porque esse governo não é capaz, não tem condições para ter a necessária confiança do povo português". 01h07m40: Ramalho Eanes responde a Otelo Saraiva de Carvalho e a Octávio Pato, afirmando que o governo a ser formado vai apresentar um programa político que pode ou não ser aprovado na Assembleia da República e reflete sobre o conceito de socialismo e a sua presença em Portugal e o homem enquanto indivíduo e enquanto ser coletivo. 01h12m45: Octávio Pato refere a prioridade dos interesses nacionais, em detrimento dos interesses pessoais e/ou partidários, o facto dos restantes candidatos serem todos militares, o objetivo de contribuir para a uma aproximação e reforço da aliança entre a massa popular e o Movimento das Forças Armadas (MFA) e a possibilidade do PS estar focado nos seus interesses partidários no que se refere à formação do governo exclusivo do partido.

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