Conferência de imprensa do Comandante Montez
Lisboa, Ministério da Comunicação, conferência de imprensa do Comandante Carlos Montez, diretor geral da Informação, dirigida à comunicação social estrangeira, na sequência dos acontecimentos de 28 de Setembro de 1974.
Resumo Analítico
Carlos Montez responde a questões, dando algumas respostas em francês e referindo a razão da conferência de imprensa, dado o desconhecimento da imprensa estrangeira das declarações do Primeiro-Ministro, Vasco Gonçalves; o desconhecimento do número de oficiais participantes na comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA) e a situação dos oficiais demitidos; a posse do novo ministério, mantendo-se 2 pastas vagas; a situação de Moçambique reportada à "confirmação ou não confirmação dos acordos de Lusaka"; a inexistência de trabalhos forçados para os presos políticos em Portugal; o apelo do Primeiro-Ministro à jornada de trabalho no Domingo, ignorando o pormenor do pagamento; a guarda militar à residência do General Spínola; as funções da comissão Coordenadora do MFA, escusando informações do organograma do movimento; torna a explicar metaforicamente as funções da comissão, comparando-a à ação do movimento no acompanhamento de um filho no primeiro ano vida; a legalidade institucional na nomeação dos elementos da Junta de Salvação Nacional; conivência dos atuais inimigos da revolução com os partidários de 40 anos de fascismo; a legalidade na eleição do Presidente da República; a opinião pessoal sobre a necessária revisão do processo de descolonização de Angola.