Comunicação ao país de Mário Soares

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Lisboa, Comunicação ao país de Mário Soares, Primeiro Ministro.

  • Nome do Programa: NOTICIÁRIO NACIONAL DE SETEMBRO
  • Nome da série: NOTICIÁRIO NACIONAL DE 1976
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Mário Soares
  • Temas: Economia e Finanças, Política
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Mário Soares refere-se às medidas de austeridade, às incertezas da população relativamente à situação do país e à necessidade de confiança do povo no Governo; afirma que as dificuldades económicas do país ?derivam em linha reta da herança do fascismo que nos legou um capitalismo parasitário e um país quase feudal?, da Guerra Colonial, da descolonização, da crise económica internacional, e da ?cega destruição dos mecanismos económicos levada a cabo com senha sistemática durante o consulado gonçalvista ?. Refere-se dependência do país relativamente ao exterior, as importações, ao défice da balança comercial, ao esgotamento das reservas financeiras do país e ao aumento da divida externa e afirma que o trabalho e o combate ao absentismo são a primeira condição para a recuperação económica do país; afirma que um levado número de trabalhadores foi apoderado por uma ?fúria reivindicativa sectorial? instigada por ?certos partidos? que prejudicaram ?as grandes reformas de interesse coletivo?. Refere-se ao decreto do Governos sobre as ?normas para contratação coletiva?; à necessidade de aumentar a produtividade do país, aos despedimentos por justa causa e ao direito ao trabalho garantido pelo Estado; à publicação de diploma sobre o horário de trabalho; ao papel dos sindicatos na consciencialização dos trabalhadores e ao direito à greve decretada pelos sindicatos depois de esgotadas todas as formas de luta e à não obrigatoriedade das empresas pagarem os dias de trabalho em falta; critica as ?greves selvagens? a afirma que a lei da unidade sindical será revogada. Afirma que o restabelecimento da autoridade dos estado é essencial para a recuperação económica e que o Governo não de demitirá das responsabilidades; refere-se a agitação social desde Agosto empolada pela comunicação social e ?destinada a experimentar a força do Governo?; refere-se à reorganização da Policia Judiciária e às medidas do Governo contra a criminalidade, a segurança rodoviária, a limpeza das cidades e do metropolitano e a repressão da pornografia; à política orçamental do Estado e às contribuições para a Previdência e às medidas do Governo de combate à crise económica; aos valores da inflação, ao aumento das tarifas dos transportes e a generalização dos passes sociais, ao aumento do salário mínimo e às pensões de reforma. Refere-se às medidas Governamentais relativamente ao crédito e à reorganização do sector público e das empresas nacionalizadas e afirma ?O Governo diz não ao ?Estado-patrão?? e refere-se à situação das empresas em ?autogestão?; ao investimento em obras públicas; ao investimento estrangeiro; à politica de habitação e as alterações a lei do arrendamento urbano.51m50: Mário Soares refere-se à Reforma Agrária, às medidas do Governo relativamente à desocupação de propriedades, ao estatuto das novas unidades de produção e às indemnizações afirmando que o ? O governo tudo fará para que a Reforma Agrária seja um êxito". Refere-se à importância da política de austeridade e à Reforma Administrava a apresentar pelo Governo; ao aumento e pagamento dos impostos; ao Retornados de Moçambique e Timor e a sindicância ao IARN, Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais; à politica de educação: ao ensino, ao processo de colocação de professores, inspeções, aos programas, a telescola, ao ensino superior. Afirma "a tentação totalitária de direita ou de esquerda não tem qualquer futuro em Portugal" e refere-se ao julgamento dos elementos da PIDE, Polícia Internacional e de Defesa do Estado, e do assassínio do General Humberto Delgado.

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