Comício do 1º de Maio em Lisboa

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Lisboa, Estádio 1º de Maio, comício do 1º de Maio assinala as comemorações do Dia do Trabalhador, sendo a primeira vez que se comemora livremente em Portugal, com discursos de Francisco Pereira de Moura, do MDP/CDE, Nuno Teotónio Pereira e Mário Soares, do PS.

  • Nome do Programa: INFORMAÇÃO DIÁRIA DE MAIO
  • Nome da série: INFORMAÇÃO DIÁRIA DE 1974
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Mário Soares, Nuno Teotónio Pereira, Francisco Pereira de Moura, Adelino Gomes
  • Temas: Política
  • Canal: RTP 1
  • Tipo de conteúdo: Notícia
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Jornalista Adelino Gomes inicia o comício e passa o microfone a Francisco Pereira de Moura, dirigente do Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE), que discursa e elogia o Movimento das Forças Armadas (MFA) e o povo português pela atuação na Revolução de 25 de Abril de 1974, destaca as condições necessárias para a implementação da democracia, cita as promessas cumpridas do programa do MFA, nomeadamente a libertação dos presos políticos, regresso dos exilados políticos, o 1º de Maio e a criação do Ministério do Trabalho, e destaca a necessidade urgente de realizar eleições de acabar com as guerra colonial. Discurso do arquiteto Nuno Teotónio Pereira, em representação do grupo de católicos opositores ao Estado Novo e ao fascismo, sobre os apoios que a Igreja Católica atribuía ao antigo regime do Estado Novo, a necessidade de optar por uma nova ideologia política e a importância de terminar com a opressão e conceder a libertação às províncias ultramarinas portuguesas. Discurso de Mário Soares, secretário-geral do PS, em que elogia a Revolução de 25 de Abril de 1974, a festa do 1º de Maio afirmando que "foi aqui que nós destruímos o fascismo", saúda o sindicalismo livre, o MFA e os restantes partidos políticos presentes no comício e abraça Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP. Mário Soares refere as vítimas do fascismo, assinala o fim da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE)/Direção-Geral de Segurança (DGS), crítica e defende o julgamento dos políticos do regime do Estado Novo, defende o corte de relações entre a Junta de Salvação Nacional e o Chile, apela à unidade do povo, à constituição de governo com o apoio do PS e do PCP, à união com o MFA e ao fim da guerra colonial.

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