Jornalistas e fotojornalistas rodeiam o General Otelo Saraiva de Carvalho enquanto este cumprimenta familiares e militares na pista de aterragem ao mesmo tempo que se dirige para as instalações do aeroporto e acena aos populares que gritam "MFA" (Movimento das Forças Armadas) e "Otelo". Declarações em português, francês inglês de Otelo Saraiva de Carvalho sobre a sua visita e permanência em Cuba, o MFA, a posição de Mário Soares, ministro Sem Pasta, o Conselho da Revolução, atual situação política em Portugal e a sua postura perante a mesma e as lições que retirou da sua visita a Cuba. Otelo Saraiva de Carvalho cumprimenta e conversa com o General Carlos Fabião e várias pessoas, dirige-se para a saída do aeroporto, seguido pelos jornalistas e operadores de câmara; manifestação de apoio a Francisco da Costa Gomes, Vasco Gonçalves e Otelo Saraiva de Carvalho; manifestantes gritam "MFA", "O labor no combate à reação" e "Otelo" que retribui o apoio com acenos e cumprimentos até chegar a automóvel (sendo abordado pelo jornalista Cesário Borga) no exterior do aeroporto. Almirante António Rosa Coutinho, Comandante Jorge Correia Jesuíno, ministro da Comunicação Social, Álvaro Cunhal, ministro Sem Pasta, Capitão Vasco Lourenço e o General Carlos Fabião conversam enquanto aguardam a chegada de Otelo Saraiva de Carvalho ao aeroporto; aterragem do avião vista a partir do aeroporto. Otelo Saraiva de Carvalho entra na Sala VIP onde faz declarações aos jornalistas (som praticamente inaudível). Declarações de Otelo Saraiva de Carvalho sobre a sua visita a Cuba e a comparação da situação política com Portugal, a vitalidade do povo cubano na revolução através de trabalho voluntário em cooperação com o governo, a esperança que tem no povo português e na revolução e o rumor relacionado com a sua integração no V Governo Provisório. Otelo Saraiva de Carvalho afirma que "não gostaria de fazer ameaça de qualquer espécie mas que o MFA e as Forças Armadas estão dispostas a entrar num caminho muito duro de repressão que temos evitado até agora" e que recordando o que disse à Rádio Renascença em junho "oxalá que nunca tenhamos de pôr no Campo Pequeno os contrarrevolucionários" afirma que "dessa vez eu dizia oxalá que não tenhamos de pôr mas estou convencido que a curto prazo eu direi temos de pôr mesmo (?) parece impossível fazer uma revolução socialista na totalidade pela via pacífica", refere os conhecimentos que retirou da sua visita a Cuba e recusa comentar a última Assembleia do MFA por não ter estado presente. Otelo Saraiva de Carvalho pronuncia-se sobre as críticas que lhe são dirigidas pela "direita reacionária e setores da social-democracia", afirma que está desiludido politicamente com a direção do PS e comenta a possibilidade de exilio a Mário Soares e que estranha as posições políticas que Mário Soares tem vindo a fazer publicamente.