Bettino Craxi, Presidente do Conselho Europeu, declara aberta a sessão; Mário Soares lê discurso de boas vindas; Bettino Craxi, discurso. Giulio Andreotti, Presidente do Conselho de Ministro da CEE, e Ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, discurso; Jacques Delors, Presidente da Comissão das Comunidades Europeias, discurso. Ministros da CEE assinam tratado de adesão: Wilfred Martens, Primeiro Ministro Belga; Hans Dietrich Gensher, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha Federal; Ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia; Laurent Fabius, Roland Dumas e Catherine La Lumiére, repectivamente, Primeiro Ministro, Ministro dos Negócios Estrageiros e Secretária de Estado para os Assuntos Europeus da França; Garret Fizgerald e Peter Barry, respectivamente, Primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda; Bettino Craxi e Giuliu Andreotti, respectivamente Primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália; Ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo; Ruud Lubbers, Primeiro Ministro da Holanda; Geoffrey Howe, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido; Filipe Gonzalez, Primeiro Ministro de Espanha; Assinatura de Mário Soares, Jaime Gama, Rui Machete e Hernâni Lopes, respetivamente, Primeiro Ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ministro da Justiça e Ministro das Finanças de Portugal; Mário Soares, Primeiro Ministro, discurso. Afirma que a realização da assinatura do tratado nos Claustros dos Mosteiro do Jerónimos, símbolo da cultura portuguesa, significa fidelidade às nossas raízes e tradições; tendo sido ponto de partida dos portugueses para as descobertas, fechado o ciclo colonial, é agora ponto de partida para uma nova arrancada que reinsere Portugal no contexto da unidade europeia. Considera esta cerimónia, um dos momentos mais significativos da História contemporânea portuguesa; representa uma opção fundamental por um futuro de progresso e modernidade, e constitui uma consequência natural do processo de democratização da sociedade portuguesa, iniciado com a revolução do 25 de Abril e com processo de descolonização que se lhe seguiu, que encerrou o ciclo do Império. Afirma que a tarefa fundamental que se nos depara, será a de reduzir a distância que ainda nos separa dos países desenvolvidos da Europa, criando para os portugueses padrões de vida e de bem estar verdadeiramente europeus, praticando uma política financeira de rigor e de verdade, e lutar por uma estabilidade política que permita a vivência democrática; apela à mobilização da juventude portuguesa, como principais beneficiários da integração europeia, para a grande tarefa nacional do desenvolvimento e modernização de Portugal; presta homenagem a Sá Carneiro, Amaro da Costa, e Mota Pinto; refere Ramalho Eanes pela sua fidelidade ao projeto de integração ao longo dos seus dois mandatos; realça o contributo de Hernâni Lopes e Jaime Gama e das suas equipas ministeriais, António Marta e a Comissão de Integração Europeia; refere a contribuição positiva dos representantes dos Governos Regionais dos Açores e da Madeira; apela ao trabalho, empenho e esforço dos portugueses no desafio que Portugal agora enfrenta; refere os emigrantes portugueses espalhados pela Europa, agora como cidadãos europeus de pleno direito; refere a relação de fraternidade de Portugal com os países africanos de expressão portuguesa e com o Brasil, como um contributo para criação de um novo dinamismo de cooperação da Europa comunitária com África e a América Latina; saúda os Países da Comunidade Europeia que acolhem Portugal; saúda Bettino Craxi, Giulio Andreotti e Jacques Delors; saúda Filipe Gonzalez e a entrada da Espanha na CEE; formula votos de bom augúrio para o futuro europeu. Delegações e convidados, cumprimentos das individualidades presentes, e abandonam os claustros do Mosteiro; vista aérea do Mosteiro dos Jerónimos e da Praça do Império.