Olhão, carroças regionais e animais de tiro no largo junto ao mercado, inscrição "Deus me gui" pintada na retaguarda de carroça; declarações alternado com carregamento da carroça, de casal de agricultores idosos que vêm vender produtos ao mercado, sobre o motivo da vinda a Olhão, a propriedade da carroça e o uso que lhe dão; circulação de carroças e carreta de mão ao mercado; mulher atrela macho a carroça; declarações de mulher em cima de carroça sobre a sua naturalidade, motivo da vinda a Olhão e o preferir a venda direta ao consumidor; homem fala do preço de uma carroça nova, o reparar do veículo e a crescente falta de fabricantes de carroças e de pessoas que as consertem. 24m13: Oficina de construção de carroças dos irmãos Caiados; veículos e madeiras no exterior da oficina, declarações de fabricante, enquanto pinta painel de madeira, sobre o decréscimo da procura, a evolução do preço de uma carroça nova, o aumento do preço do ferro e o não ter empregados por conta; laboração em oficina, carroças e peças novas ou danificadas no exterior; selo de circulação da Câmara Municipal de Loulé pregado em peça velha de madeira, acompanhado por declarações de fabricante sobre o modo como distribui o trabalho ao longo do ano, o uso dado aos veículos pelos locais, tipo de animal de tiro mais apropriado, o preço dos machos e mulas, o facto dos agricultores se estarem a desfazer dos animais, a proveniência dos machos, tipos de madeiras usadas e proveniência das mesmas, e a utilização exclusiva da madeira brasileira de mangue para a feitura dos raios das rodas e as dificuldades impostas pelas restrições às importações. 29m49: Laboração em fábrica de carroças, trabalho em raio de madeira com plaina, medição dos perímetros de roda e de aro de aço de proteção, aquecer, martelar, corte e abertura de orifícios para cravos em aro de aço em forja; declarações dos dois irmãos Caiados sobre as razões do abandono da arte pelas novas gerações e o não terem descendentes que a continuem; carroças e materiais em exterior de oficina e campos em redor. 35m50: Oficina de ferrador; ferrador puxa burro pela cauda; feitura de ferradura: aquecimento do ferro em forja, martelar e moldar de ferro em brasa em bigorna, e furação para cravos a quente; casco de animal; ferrador prende perna de burro entre as suas pernas e procede a limpeza, desbaste, alisar e ferrar de casco; mulher segura burro; tosquia de burro e aparar de crinas e pêlos das orelhas; acompanhado por declarações do ferrador sobre os preços levados por ferrar um macho com ferraduras novas e velhas, duração da sua atividade e idade com que a iniciou e preço da tosquia; declarações de ferrador, enquanto tosquia burro, sobre o prestar apoio veterinário enquanto siderotécnico (nome técnico da profissão de ferrador) e o trabalhar em conjunção com o veterinário intercalado com ferraduras e apetrechos em interior de oficina. 41m04: Oficina de albardaria; vista geral e de pormenor de objetos vários em couro em exposição à porta, laboração de albardeiros de várias idades em interior de oficina; albardeiro mostra os diversos tipos de produtos realizados na oficina, explica o seu uso, e fala do progressivo abandono da arte, do decréscimo de oficinas e artesãos e das dificuldades de sobrevivência económica dos mesmos, intercalado com artesãos a furar e coser objetos em couro; homem conduz carroça puxada por burro por estrada.