Azulejaria Portuguesa III
Terceiro de quatro episódios desta série documental dedicada ao tema da azulejaria portuguesa, sendo neste programa abordado o papel decorativo do azulejo nos séculos XIX e XX, e a sua presença na paisagem urbana de Lisboa. Destaque ainda para uma conversa entre Rafael Salinas Calado, diretor do Museu do Azulejo, e o ceramista Querubim Lapa.
Resumo Analítico
Sintra, claustro do Palácio da Vila: vista da serra, jardim, painéis de azulejos mudéjares com base decorativa manuelina representando a esfera armilar, revestimento azulejar hispano-andaluz em parede manuelina com corda em cantaria; painel de azulejos historiado de finais do século XVII; Lisboa: chafariz da cordoaria na rua da Junqueira da autoria de Honorato José Correia de Macedo e Sá com painéis de azulejos de Raul Lino; revestimento azulejar dos jardins da Quinta dos Azulejos ao Paço do Lumiar; pormenor do painel de azulejos do chafariz da cordoaria; acompanhado em off por resumo dos anteriores programas da série dedicados à história do azulejo do renascimento a finais do século XVIII. 04m51: Lisboa: vistas gerais e de pormenor de revestimentos de prédios em azulejos na rua da Conceição; painéis de azulejo do chafariz da cordoaria; vistas geral e de pormenor dos painéis de azulejo da cervejaria Trindade com adaptação de modelos do século XVIII ao passado de loja maçónica do edifício; prédio revestido a azulejos no largo Rafael Bordalo Pinheiro da autoria do Ferreira das Tabuletas que trabalhava na Fábrica Viúva Lamego; fachada do Pavilhão dos Desportos e painéis de azulejos da autoria de Jorge Colaço; revestimento azulejar da fachada virada para o largo do Intendente da fábrica Viúva Lamego da autoria de Ferreira das Tabuletas; acompanhado por off sobre a decadência azulejar provocada pela partida da família real para o Brasil em 1807, o regresso dos brasileiros e a explosão do "azulejo de retorno" e suas características, e os painéis de azulejos: da cervejaria da Trindade, do Pavilhão dos Desportos e exemplos da produção Viúva Lamego. 08m58: Fachada do Teatro da Trindade e painel azulejar rodeado por cantaria; painel de azulejos arte nova em cornija de prédio da avenida Almirante Reis; linha de produção em fábrica de azulejos; pintura manual de azulejo industrial por método de estampilha, pintura manual de azulejo a pincel e com borracha de tinta sobre base rotativa; pintura de painel de azulejos; vistas gerais e de pormenor dos painéis: da Companhia de Gás e Electricidade ao Chiado da autoria de Jorge Barradas; de Querubim Lapa no Palácio da Justiça, da avenida Infante Santo de autoria variada, de azulejos em entrada de prédio, e de José de Almada Negreiros na cidade universitária; com off sobre a renovação do azulejo no início do século XX com a arte nova; o azulejo industrial e o renascer do azulejo como meio de expressão de artistas plásticos e os seus principais cultores. 16m45: Rafael Salinas Calado conversa com Querubim Lapa sobre a facilidade de integração do azulejo na arquitectura, a constante renovação do azulejo através dos tempos, o revivalismo temático de inícios do século XIX, a constante presença do azulejo na arquitectura portuguesa, a pouca repercussão e conhecimento do azulejo além-fronteiras, a utilização do azulejo por artistas contemporâneos, o carácter embrionário do Museu do Azulejo, e o papel do ladrilhador enquanto executante; intercalado com painéis de azulejos do Pavilhão dos Desportos, trabalhos de cerâmica no atelier e painéis de azulejo de escola primária na rua de Campolide de Querubim Lapa, e painel da frontaria da Casa da Sorte. 26m28: Rafael Salinas Calado e Querubim Lapa analisam desenho de maquete de painel e falam das diferenças existente entre a concretização em maquete de papel e em azulejo, e os diferentes papéis do arquitecto, do ceramista e do ladrilhador; intercalado com pormenores de painel de azulejos de Querubim Lapa, montagem de painéis em águas furtadas; pintura de azulejos individuais e em painel, com estampilha e com pincel.