Aurélio Paz dos Reis
Comerciante, floricultor, republicano liberal e maçon, Aurélio Paz dos Reis foi também um importante e apaixonado fotógrafo amador, uma paixão que o haveria de consagrar também como o grande pioneiro do cinema português.
Resumo Analítico
Início com fotografias de Aurélio da Paz dos Reis, alternadas com a descrição biográfica sobre o mesmo, nomeadamente o facto de ser um liberal, republicano, ter sido comerciante, fotógrafo, floricultor e o pioneiro do cinema português 04m05: Desenhos da autoria de Aurélio da Paz dos Reis, enquanto se prossegue a explanação da sua biografia; Realce para a sua participação nos periódicos "Folha Nova" e "Pontos e vírgulas" e para as suas composições musicais; Referência à sua participação na revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 que o levou à prisão e a ser enviado, posteriormente para bordo do navio "Moçambique" e julgado em Conselho de Guerra e libertado em 23 de Março de 1895. 07m39: Imagens de arquivo do Hotel e Restaurante Europa, em simultâneo relato dos acontecimentos vividos por Aurélio dos Reis em 31 de Janeiro de 1891. 09m31: Fotografias do Porto no fim do século XIX e da sua loja "Flora Portuense" sito na Praça Dom Pedro, onde vendia sementes de flores e plantas, tendo sido a primeira do género em Portugal. 12m24: Fotografia da família Paz dos Reis. 13m01: Fotografia dos irmãos Lumière e referência ao investimento de Aurélio dos Reis na aquisição de material cinematográfico. 15m47: Máquina de projecção pertencente a Aurélio dos Reis, exposta na Cinemateca Portuguesa. 16m42: Referência à primeira sessão pública de cinema português apresentada por Aurélio dos Reis, em 12 de Novembro de 1896. 17m38: Imagens de arquivo do primeiro filme realizado pelo cinéfilo, intitulado "Saída dos operários da Camisaria Confiança" que é uma réplica de "Sortie des ouvriers de l"usine" dos irmãos Lumière. 18m24: Fotografia da época do Teatro Dom Afonso, no Porto, seguido de outra do porto de Rio de Janeiro a propósito de uma viagem que fez ao Brasil para uma sessão cinematográfica. 20m07: Trechos de filmes de Aurélio dos Reis. Fotografias de Aurélio dos Reis e da família, nomeadamente do baptizado da sua filha Hilda, na Igreja do Bonfim. 24m50: Fotografia de Afonso Costa, seguida de outra onde se destacam Bernardino Machado, Afonso Costa e Guerra Junqueiro, todos republicanos. 25m35: Referência à sua admissão na Maçonaria, em 1895, tendo pertencido à loja Maçonica "Liberdade e Progresso", seguido de mais fotografias da sua partida para o Brasil e da instauração da República em 5 de Outubro de 1910. 30m23: Fotografias do cortejo das comemorações do centenário da India, em Lisboa, em 1898, seguidas de outras retratando Doutor Ricardo Jorge, Doutor Câmara Pestana e Doutor Bento Silva, no Porto durante o surto de peste bubónica. 31m57: Fotografia dos comerciantes reunidos no Palácio da Bolsa, no Porto; Fotografias da visita de Eduardo VII a Lisboa, em 1903 e do Kaiser alemão, em 1905; Fotografias do incêndio que destruiu o Real Teatro de São João sito na Praça da Batalha, em 1908; Fotografias alusivas à visita ao norte de Dom Manuel II. 33m13: Fotografias que registam o interesse de cientistas de todo o mundo, vindos a Portugal por ocasião do eclipse total do sol, em Abril de 1912; fotografias de Janeiro de 1913 do paquete "Veronice" encalhado a norte de Leixões. 34m02: Fotografias do 1º de Maio de 1915 no enterro de Santos Cardoso, no Porto; Fotografias do Palácio de Cristal e de exposições que ali decorreram, quer Hortículas quer uma exposição de arte de 1917. 35m19: Fotografias da Torre dos Clérigos, em 7 de Outubro de 1917, quando dois espanhóis a escalaram para fazer uma promoção publicitária a uma marca de bolachas. 37m24: Exterior do Ateneu Comercial do Porto; fotografia de obras de melhoramentos nas ruas do Porto, ordenadas por Aurélio dos Reis enquanto vereador da Câmara Municipal do Porto. 38m46: Fotografia de Aurélio dos Reis e seu filho mais velho, Homero, que participou na I Grande Guerra Mundial onde veio a falecer; De seguida, imagens de arquivo da I Guerra Mundial, em simultâneo lê-se uma carta dirigida por Aurélio a seu filho Homero durante esse período. 42m19: Programa termina com o anúncio no jornal do falecimento de Aurélio da Paz dos Reis e com a passagem de quatro dos seus diversos filmes realizados.