Artur Albarran, em Amã, afirma que as suas fontes em Dharhan, na Arábia Saudita, lhe disseram que, com o nascer do dia, a ofensiva militar das tropas multinacionais contra o Iraque foi suspensa; adianta que Dharhan não foi atingida por mísseis iraquianos e que não há confirmação de que Riad tenha sido atingida; sublinha que os jordanos não estão informados sobre a guerra porque a emissão da televisão nacional ainda não começou e não há acesso a canais estrangeiros, com excepção de uma estação de televisão israelita. Raúl Durão cita um telex da agência France Press, segundo o qual, Saddam Hussein, Presidente do Iraque, fez uma declaração ao país através da Rádio Bagdad garantindo que as tropas aliadas serão derrotadas. Manuel Menezes faz o resumo das últimas notícias e diz que o preço do petróleo está a descer; Rogeiro comenta que a descida do preço do petróleo pode significar que há a convicção de que a guerra está ganha; Virgílio de Carvalho concorda com a análise de Rogeiro e explica que o preço do petróleo é psicológico. Rodrigues dos Santos anuncia que o navio português São Miguel, que devia partir dentro de algumas horas, tem uma avaria nas máquinas e tem de ficar em Portugal; Manuel Menezes diz que a rádio iraquiana está a transmitir uma mensagem de Hussein pedindo aos iraquianos que resistam aos ataques norte-americanos. Virgílio de Carvalho interroga-se sobre o futuro do Iraque sem Saddam Hussein e lembra que essa é a grande preocupação de Gorbachev, Presidente da União Soviética, e que é uma questão grave para o equilíbrio de forças no Médio Oriente; Durão anuncia que Cavaco Silva, Primeiro-Ministro, fará uma declaração ao país às 7 horas da manhã; Nuno Rogeiro, Ricardo e Rodrigues dos Santos discutem a contra-informação norte-americana e iraquiana a propósito de notícias que garantiam, antes do início da guerra, que o Iraque já teria uma bomba nuclear.