Amália, Amá-la
Documentário biográfico sobre Amália Rodrigues, baseado em entrevistas feitas por Maria João Gama e imagens de arquivo, e produzido para assinalar o 10º aniversário do seu falecimento.
Resumo Analítico
Início do programa com imagens de arquivo (sem cor e em slow motion) do cortejo fúnebre de Amália Rodrigues com vozes em off sobre as suas qualidades, homem no público canta fado em sua homenagem; genérico. 10h01m35: Exteriores da casa de morada de Amália na Rua de S. Bento, nº193, Lisboa; Maria João Gama, Apresentadora, apresenta a casa; porta abre-se e sobe-se escada, sala com destaque para grande retrato a óleo da fadista; interior da sala: Maria João Gama entrevista Estrela Carvas, Colaboradora de Amália, sobre a vida social da fadista e os animados serões na sua casa; mobiliário, piano e guitarras, destaque para outro retrato a óleo e para o lugar que Amália ocupava no sofá vermelho; imagens a preto e branco de Amália a fumar na sala com amiga. Declarações de Diogo Varela Silva, Sobrinho-neto, e Nuno Vieira de Almeida, Pianista, sobre as habituais tertúlias pela noite fora, de Vítor Pavão dos Santos, Historiador, de Carlos Gonçalves, Guitarrista de Amália, sobre os grupos que frequentavam a sua casa. Estrela Carvas explica como decorriam os serões; sala de jantar com a mesa posta com entrevista a Amália em off. 10h07m22: Imagens de arquivo de entrevista em casa de Amália em 1988 onde a artista fala sobre a sua relação com o Fado e a sua sensibilidade. Declarações de Jorge Fernandes, Guitarrista de Amália, sobre o contributo de Amália para o engrandecimento deste estilo musical, a incorporação de novos poetas, os vestidos e xailes, de David Ferreira, Editor, que destaca a personalidade da fadista, o seu gosto pela estética e curiosidade natural. Imagens de arquivo a preto e branco de actuação de Amália, de declarações de Pedro Homem de Mello, em 1967, sobre como ouviu Amália a cantar no Café Luso um poema da sua autoria; de Amália a cantar "Povo que Lavas no Rio". 10h15m07: Declarações de Carlos Gonçalves sobre os poetas mais proeminentes escreverem a pensar na fadista, de David Ferreira que relembra Frederico Valério e Alain Oulman, entre outros, que compunham para ela. Imagens dos ensaios com Alain Oulman nos estúdios da Valentim de Carvalho. Declarações de Sara Pereira, Directora do Museu do Fado, sobre a grande coragem da fadista nos temas que cantou, de Carlos Gonçalves que relembra como Amália compreendia as músicas. Imagens de actuação de Amália no Coliseu dos Recreios, em 1988, com o tema "Lágrima", de entrevista em sua casa em 1992. 10h23m03: Declarações de Joel Pina, Guitarrista de Amália, fala sobre a fome de palco que fez com que Amália prolongasse a sua carreira artística mesmo após o declínio que começou nos anos 80; de Lili, Colaboradora, sobre os últimos tempos da fadista: Imagens da actuação de Amália no Coliseu dos Recreios, 1988, com o tema "Que Deus Me Perdoe". Vistas de Lisboa na zona ribeirinha, Panteão Nacional, interior com exposição "Amália no Mundo, o Mundo de Amália"; entrevista a Isabel Melo, Directora do Panteão Nacional, sobre esta mostra que relata as viagens da fadista pelo mundo inteiro; plano próximo de vestido preto e jóias; expositor com vestido preto que Amália usou no Olympia de Paris, xaile, leques e sombrinha, condecorações, luvas, jóias. Imagens a preto e branco de Amália; declarações de Vítor Pavão dos Santos sobre o desconhecimento das pessoas da dimensão do sucesso internacional da artista, de Lili, que a considera a maior fadista. 10h30m43: Imagens a preto e branco de Amália a cantar em castelhano; declarações de Ilda Aleixo, Modista de Amália, que declara que só gostou de fado depois de o ouvir na voz de Amália e refere a sua autenticidade e carisma, de David Ferreira, que ressalta a sua beleza enquanto mulher, a voz e inteligência, de Diogo Varela Silva, que também refere a sua beleza e personalidade, um gigante no palco ainda antes de começar a cantar. Imagens do concerto no Coliseu de Lisboa, 1990, com Amália a cantar o fado "Amália" com o público em coro. Declarações de Joel Pina sobre a paixão e o fascínio do público pela artista e relemba episódio ilustrativo, de Nuno Vieira de Almeida que refere que o génio fascina e a aura da fadista. Imagens do concerto do Coliseu de Lisboa, 1990 com a interpretação do tema "Foi Deus". Maria João Gama continua entrevista com Isabel Melo, Directora do Panteão Nacional, enquanto visitam a exposição patente ao púlico; destaque para expositor com o primeiro passaporte de Amália, para cantar em Espanha em 1943; sapatos de palco (com saltos enormes) e mala de viagem. Imagens a preto e branco do embarque de Amália no navio Vera Cruz rumo ao Brasil, multidão no Cais da Rocha do Conde Óbidos, entrevistas no navio, Amália acena à multidão, Celeste Rodrigues, irmã, no cais. Declarações de Lili sobre o medo da solidão de Amália e a necessidade de estar sempre acompanhada, de Vítor Pavão dos Santos que refere a natureza triste e melancólica da fadista, de Diogo Varela Silva que recorda o seu sentido de humor e meiguice. 10h40m01: Imagens a preto e branco na casa de Amália em 1967 com a própria a falar com jovem admirador e a oferecer-lhe viagem, em nome do programa juvenil, e a despedir-se com beijo. Declarações de Lili sobre a forma afável como Amália recebia os seus admiradores e a quem a queria conhecer pessoalmente. Imagens a preto e branco de sessão de autógrafos no "Diário de Notícias" em 1965 e de filas de gente em espera, destaque para Max a pedir-lhe autógrafo, da fadista a cantar o tema "Estranha Forma de Vida". Declarações de José de Matos Cruz, Investigador de Cinema, sobre a faceta de Amália enquanto actriz e a sua telegenia intercaladas com imagens do genérico do filme "Fado, História d´uma Cantadeira" de Perdigão Queiroga, de interpretação de Amália no mesmo com o tema "O Fado de Cada Um" e a contracenar com António Vilar, e do filme "Capas Negras", de Armando de Miranda, onde contracena com Alberto Ribeiro. Imagens do filme "Sol e Toiros", de José Buchs, onde Amália contracenava com o toureiro Manuel dos Santos; José de Matos Cruz analisa os filmes de cinema onde Amália participou, imagens das filmagens do filme "As Ilhas Encantadas", de Carlos Vilardebó, das filmagens do "Fado Corrido", de Jorge Brum do Canto, do "Sangue Toureiro", de Augusto Fraga, cocktail de apresentação deste filme, 1957, com entrevista a Amália e Diamantino Viseu. 10h50m56: Continuação da entrevista de Maria João Gama a Isabel Melo sobre a exposição no Panteão Nacional; plano de pormenor do Kimono oferecido aquando da sua deslocação ao Japão em 1970, do túmulo de Amália, a única mulher a receber estas honrarias, pormenores das peças expostas. Exterior e interior da casa de morada da artista, destaque para retrato de Amália, Maria João Gama e Estrela continuam a visita; antecâmara do quarto de dormir onde se faziam as provas dos vestidos e fatos; Estrela Carvas descreve estas sessões de prova com a modista, o ritual de fazer as malas; plano próximo de armário com vestidos e colecção de sapatos e jóias. Declarações de Ilda Aleixo sobre as provas de fatos pela noite dentro o que obrigava a sua estada em casa da fadista, de Diogo Varela Silva sobre o bom gosto e a forma como era apegada aos seus "trapinhos"; imagens a preto e branco de Amália a passear, de actuação em Telavive, Israel, em 1990, no Coliseu de Lisboa em 1990. Declarações de Irene Carrapiço, Maquilhadora de Amália, intercaladas com imagens a preto e branco de rosto de Amália a ser maquilhado, de Amália a pentear-se, a pôr batom, colecção de maquilhagem da fadista, de jóias, estojos com brincos, pulseiras e pregadeiras, anéis. 11h02m53: Imagens a preto e branco de Amália a cantar o fado "Lá Porque Tens Cinco Pedras"; Maria João Gama e Estrela Carvas entram no quarto de dormir da artista, Estrela relembra o ritual do chá antes de dormir; declarações de Vítor Pavão dos Santos, de Lili e Diogo Varela Silva sobre as conversas intimistas que Amália tinha com os mais próximos no quarto de dormir e os piqueniques feitos em cima da cama intercaladas com imagens a preto e branco de Amália com César Seabra no café, do seu regresso a Lisboa após temporada no Brasil, 1961, (desembarque aéreo) e entrevista de Fialho Gouveia à fadista e ao seu marido, o Engenheiro César Seabra, de actuação com o fado "Sabe-se Lá ". Últimas declarações de Jorge Fernando, Ilda Aleixo, Joel Pina, Lili e David Varela Silva sobre a morte de Amália e a grande saudade; imagens do Telejornal com José Rodrigues dos Santos a apresentar a notícia do falecimento da artista, cortejo fúnebre, multidão com lenços e a bater palmas, velório na Basílica da Estrela, sucessão de imagens a preto e branco da carreira de Amália Rodrigues, Amália emocionada a agradecer ao público no Coliseu.