Alma Solta

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Programa apresentado pela jornalista Fernanda Bizarro, sobre o caso de vida de Américo Brás Madeira que tendo ganho em 1971 o Totobola, gastou o prémio em pouco tempo e vive neste momento na rua como um "sem abrigo", uma reportagem da autoria da jornalista Ana Leal.

  • Nome do Programa: Alma Solta
  • Nome da série: Enviado Especial
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Fernanda Bizarro, Ana Leal
  • Temas: Sociedade
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Fernanda Bizarro. Jornalista: Ana Leal. Produção: Olga Toscano.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Vista noturna de Lisboa; exterior de prédio degradado; banco de rua; Américo Brás Madeira (ti Américo) benze-se várias vezes, deitado no local onde dorme, um canto, na rua separado por caixas de cartão; pombos; declarações de Américo Brás Madeira. 06m32: Vistas noturnas de Lisboa; imagens de arquivo a preto e branco vistas de Almeirim e da vida quotidiana de um carteiro, a primeira profissão de Américo; vistas do bairro da Mouraria onde procura objetos que possam ter algum valor nos caixotes do lixo; declarações de Américo a contar que não revelou a ninguém ter ganho o prémio no Totobola; Américo entra na "Ginjinha da Mouraria"; declarações de Primo Feliciano, dono da 2Ginjinha da Mouraria" sobre a fase rica da vida de Américo. 09m42: Crianças tocam acordeão sentados no chão; grafismo com a frase "Em Lisboa há cerca de 3000 pessoas sem-abrigo". "Sem abrigo" mexem no lixo e pedem esmola; declarações de Américo com outros sem abrigo que dormem no chão, junto aos seus haveres; Maria de Lurdes, moradora da Mouraria, chama Américo e pede-se que lhe faça um favor; declarações de Maria de Lurdes a referir a seriedade de Américo; e de Maria da Conceição, moradoras na Mouraria a dizer que Américo é boa pessoa, prestável; Américo entra numa padaria, vai buscar o pão para António e depositar a renda de João Simões, habitantes da Mouraria (tarefas que lhe permitem ganhar algum dinheiro); João Simões confia dinheiro a Américo para o depositar numa instituição bancária (Banco Pinto e Sotto Mayor); declarações de Américo; Américo à noite, dirige-se para o canto de rua onde dorme; deita-se sobre cartões, tapa-se com um cobertor e benze-se várias vezes. 13m25: Grafismo com a frase "95% dos sem abrigo estão no desemprego"; Américo mexe nos caixotes do lixo; declarações de Américo. 14m35: Américo sentado na esplanada do Café Restaurante Martinho da Arcada, onde diz que vinha tomar um café, todos os dias, enquanto teve dinheiro. 15m05: Américo e dois amigos (também sem abrigo) sentados num banco de rua; plano próximo de garrafa de vinho pousada no chão e cigarro entre os dedos; declarações de Gilberto e de Fernando, amigos de Américo. 17m12: Grafismo com a frase "72% dos sem abrigo vivem num estado de quase profunda solidão"; vistas noturnas da rua onde dormem vários sem abrigo; ao amanhecer a polícia ronda o local de pernoita dos sem abrigo, que têm de se levantar e abandonar o espaço; funcionários da câmara municipal levam para um camião os cartões que serviram de cama aos sem-abrigo; mulheres limpam o local com uma mangueira e jato de água; Américo abandona o local onde dorme ainda noite, para evitar problemas com a polícia e funcionários da câmara municipal; declarações de Gilberto que ainda permanece deitado. 19m01: Américo encontra os papelões onde dorme molhados; exterior e interior do refeitório social - sopa dos pobres), na avenida Almirante Reis onde Américo come; interior da instituição de apoio "Porta Amiga" onde obtém roupa lavada e pode tomar banho. 20m23: Almeirim, Américo bate à porta de casa dos filhos, Isabel e Américo; abraça-os; declarações de Américo Madeira e de Ana Isabel Madeira, filhos de Ti Américo. 22m33: Grafismo com a frase: "24% dos sem-abrigo vivem num verdadeiro estado de autismo social"; Américo empurra o baloiço do neto; imagens de arquivo do desembarque de soldados que regressam da guerra colonial, no Cais de Alcântara (Rocha Conde de Óbidos) em Lisboa; declarações de Américo a contar que casou com a sua "madrinha de guerra", que conheceu por correspondência quando se encontrava em Angola e que o aguardava no cais (14/05/1970) intercaladas com imagens de arquivo da guerra colonial; declarações de António Peixoto, militar que fez a tropa com Américo em Angola; declarações de Américo; Américo sentado numa escada.

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