Alexandre Soares dos Santos
Entrevista conduzida por Graça Franco, diretora adjunta da Rádio Renascença, e por Anabela Campos Cunha, jornalista do jornal "Público", a Alexandre Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração do Grupo Jerónimo Martins, sobre a situação política e económica do país e sobre o grupo económico que dirige.
Resumo Analítico
Início do programa com a apresentação do entrevistado e das temáticas a abordar; Início da conversa com comentário a uma frase do empresário sobre o país e o seu estado político-económico; comentário ao Euro 2004; 06m44: Explicação da sua forma de ver a actual crise política sendo que não é defensor da realização de eleições antecipadas, afirmando sobre este desiderato que: - "...eleições antecipadas, neste momento, seria uma asneira..."; explica a sua ideia dizendo que "...os interesses dos políticos nem sempre são coincidentes com os do país..."; 09m20: Comentário ao facto de Durão Barroso ter sido nomeado para presidente da Comissão Europeia; análise ao Governo com elogios ao trabalho desenvolvido por Manuela Ferreira Leite cuja substituição deveria ser por António Borges ou Eduardo Catroga; 14m34: Avaliação e análise pessoal de Pedro Santana Lopes; 15m40: Comentário à integração europeia, mormente da portuguesa; explicação pela abstenção nas eleições para o Parlamento Europeu, criticando a pobre campanha eleitoral dos partidos candidatos; necessidade de referendo ao Tratado Constitucional; 18m50: Alusão aos empresários portugueses, dos quais diz: - "...falta em Portugal o espírito empresarial, o espírito de risco..."; 21m00: Críticas à administração de Ferraz da Costa à frente da Confederação da Indústria Portuguesa - CIP e da actual administração; comentário aos novos e jovens empresários; 24m10: Realce para o "Documento dos 40" que também assinou e que pretende evitar a deslocalização dos centros de decisão de Portugal para o estrangeiro, colocando o poder de decidir a vida das empresas portuguesas nas mãos de grupos económicos estrangeiros; exemplo do trabalho desenvolvido com a "Unilever" e a "Fima Lever" para que a mesma não tivesse saído de Portugal ou tivesse encerrado portas; 27m54: Comentário aos problemas vividos pelas suas empresas na Polónia com as acusações públicas de violação grosseira das normas laborais naquele país; 31m10: Comparação do investimento na Polónia com o investimento fracassado no Brasil; explicação da venda do sector das águas do grupo; 36m19: Opinião sobre as privatizações em Portugal e explicação das razões pelas quais o grupo Jerónimo Martins nunca concorreu às privatizações em curso no país; 39m39: Comentário a uma frase de Cavaco Silva sobre as empresas portuguesas e o perigo de ficarem em mãos estrangeiras; 41m03: Análise ao eventual cenário de fusão entre a Jerónimo Martins e a Sonae, que ele próprio havia colocado num passado próximo; 44m27: A propósito da exploração do mercado polaco, crítica a organização de Portugal, mormente a ausência dela no sector agrícola que não lhe permite competir com a Espanha; 45m50: Previsões de crescimento do grupo económico que lidera para os próximos anos que se deverá estender a toda a Europa Central; 48m50: Comentário à corrupção em Portugal; financiamento dos partidos; relação entre os interesses políticos e os interesses económicos; 52m42: Evolução das relações dos parceiros sociais para o desenvolvimento do país com participação mais activa do Presidente da República; O programa termina com breves comentários a conceitos ou personalidades, como: - Belmiro de Azevedo; - Cavaco Silva; - Marcelo Caetano; - luxo; - falhanço; - poder.