Alberto Franco Nogueira deixa o Ministério dos Negócios Estrangeiros
Lisboa, Alberto Franco Nogueira anuncia a sua saída do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, sucedido interinamente por Marcelo Caetano, presidente do Conselho, tece comentários sobre o seu mandato e agradece a todos o apoio que lhe foi dirigido nos últimos anos, destacando a situação de conflito militar verificada nas províncias ultramarinas.
Resumo Analítico
Discurso de Alberto Franco Nogueira em que se dirige a Marcelo Caetano e Rui Patrício, subsecretário de Estado do Fomento Ultramarino, refere os anos em que liderou o ministério e a política externa de Portugal, crítica a Organização das Nações Unidas (ONU) na ação de pressionar Portugal para abandonar as províncias ultramarinas e destaca a maior importância das relações com o Ultramar em detrimento da ONU. Discurso de Marcelo Caetano em que elogia Alberto Franco Nogueira, refere a importância de continuar a defender as províncias ultramarinas e menciona o termo "guerra colonial" e dirige criticas aos comunistas e opositores do regime colonialista português, alternado com planos de corte de Rui Patrício, Alberto Franco Nogueira, operadores de câmara, jornalistas e a fotojornalista Beatriz Ferreira. Marcelo Caetano afirma que "A entrega do Ultramar aos movimentos subversivos não faria a felicidade dos africanos e não seria com certeza fator de prosperidade, nem título de nobreza, nem motivo de orgulho nacional para os portugueses" e refere o caso da Índia. Marcelo Caetano afirma "a ausência de repressão só incita ao crime. A certeza de impunidade alenta aos desordeiros. E o crime, a desordem, a subversão destroem muito mais vidas e muito mais bens do que pode custar uma prevenção oportuna e uma repressão eficaz (?) temos de usar a força para evitar a violência" e no final do discurso cumprimenta Alberto Franco Nogueira e Rui Patrício. Alberto Franco Nogueira recebe cumprimentos de membros do governo e convidados.