Para Vitorino Nemésio todo o homem e grupo humano é passivo de história e ativo dela, mas não pratica atos do mesmo valor; para ele, existem diferentes formas de participação como seja a passiva, inocente, inconsciente ou consciente; segundo ele, há certos momentos de acalmia e tranquilidade política e aí os atos históricos não são tão visíveis; fala na mudança de regime no nosso país, na revolução do 25 de Abril, com a politização, propaganda e consciêncialização de massas; afirma que o processo de democratização, é um processo histórico com um vocabulário próprio; refere a terminologia da Junta de Salvação Nacional e diz que os agentes históricos, procuram empregar a palavra Revolução de uma forma mais leve , de construção de uma sociedade nova; para ele, os atuais dirigentes pretendem o equilíbrio e aplicar sobriamente a palavra Revolução; fala da revolução como categoria histórica; de diferentes revoluções, como seja a de partido único de Lenine e a revolução do povo, que implica efervescência e ebulição, de Rosa Luxemburgo; segundo ele, a designação processo de democratização, neste país, pretende ter um significado conciliador, calmante, amplificador e plural; no entanto, cada grupo dá o seu significado à democracia; para ele a análise social terá de ser feita com a maior objetividade, sem ânimo partidário e com a maior isenção possível para se aproximar da verdade dos factos.