A Situação da Agricultura em Portugal – Parte I

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Primeira parte do debate moderado pela jornalista Margarida Marante sobre a situação da agricultura em Portugal com os seguintes convidados em estúdio, António Barreto, sociólogo, professor universitário e ex-ministro da Agricultura, Henrique Granadeiro, economista, administrador da Fundação Eugénio de Almeida e empresário agrícola, Telmo Martinho Pato, presidente de uma cooperativa agrícola na área dos laticínios, António Avilez, engenheiro agrónomo, agricultor e responsável por uma das maiores casas de vinho portuguesas, sobre os problemas do sector.

  • Nome do Programa: A Situação da Agricultura em Portugal
  • Nome da série: 1ª Página
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Margarida Marante, António Barreto, Henrique Granadeiro, Telmo Martinho Pato, António Avilez
  • Temas: Economia e Finanças, Política, Sociedade, Trabalho
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Apresentação: Margarida Marante. Realização: Manuel Tomás.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

António Barreto aponta as razões de ordem natural, os solos e o clima, e de ordem estrutural, dimensão da propriedade, reduzido número de emprego, que impedem o desenvolvimento da agricultura, quanto às razões de ordem política aponta a ausência de espírito de reforma e uma clara falha do Estado em termos de política agrícola. Henrique Granadeiro recorda que não se produz o suficiente para as necessidades da população, o que provoca a dependência alimentar em Portugal, acrescenta o facto de a dependência nacional ocorrer noutros sectores, não se gerando, desta forma, uma capacidade de exportação que compense a importação de produtos alimentares, dá exemplos concretos para ilustrar as suas afirmações sobre a crise agrícola no mercado interno e no mercado externo. Telmo Martinho Pato enumera os problemas do sector dos lacticínios, sublinha a importância do minifúndio. António Avilez afirma que o problema não é da agricultura mas da falta de eficácia da governação, salienta que diversos sectores da sociedade estão em crise, sobre o excedente da produção de vinho, avança os vários países em que esta situação ocorre para justificar a dificuldade de competir no mercado, adianta que a modernização é cara. Henrique Granadeiro considera que houve progressos em matéria de crédito, explica que nem todos os produtos necessitam do mesmo tipo de crédito e que é necessário criar instrumentos mais flexíveis nesta matéria. António Barreto pronuncia-se sobre o caso da Empresa para Agra alimentação e Cereais, que considera que deveriam ser os agricultores através das suas organizações a gerir, Telmo Martinho Pato chama a atenção para a necessidade do Estado apoiar as organizações cooperativas. António Barreto referindo-se a lei de bases da reforma agrária, pela qual foi responsável enquanto ministro em 1977, considera que deve ser revista de acordo com as necessidades, no sentido de apoiar o desenvolvimento e reparar injustiças, Henrique Granadeiro não concorda com o estabelecimento de limites à propriedade de terra, opinião que o ex-ministro da agricultura discorda.

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