A Imprensa em Portugal – Parte II
Segunda parte do programa apresentado pelo jornalista Miguel Sousa Tavares, dedicado a debater a situação da imprensa em Portugal. Intervenientes no debate: Carlos Barbosa, administrador do grupo "Presslivre", Francisco Sena Santos, jornalista de rádio, José Pedro Castanheira, jornalista do semanário "Expresso" e Moreira da Silva, vice-presidente do grupo Sonae.
Resumo Analítico
Carlos Barbosa explica que "Correio da Manhã" veio ocupar uma faixa do mercado de jornais que estava vazia e, por isso, existe há 10 anos com sucesso; sublinha que mercado tem diminuído apesar de aparecimento de novos títulos. 02h24m55: Moreira da Silva afirma que grupo Sonae está convencido que investimento nos multimédia será excelente negócio; adianta que gerir uma empresa de Comunicação Social é o mesmo que gerir empresa de qualquer outro sector. 02h28m04: Sena Santos diz que, neste momento, não há jornalistas suficientes para tantos órgãos de Informação; sublinha necessidade de formação de novos profissionais. 02h30m02: José Pedro Castanheira afirma que só alguns jornalistas são bem remunerados; em sua opinião a situação é transitória e consequência de entrada de grupos financeiros na área da Comunicação Social e defende que super abundância de títulos não se manterá por muito mais tempo. 02h33m47: Barbosa afirma que durante anos a maior parte das empresas viviam com dificuldades e não podiam pagar grandes salários aos jornalistas; diz que há estagiários em vários jornais que se têm revelado excelentes jornalistas. 02h38m53: Sena Santos diz que investigação jornalística é território em aberto onde ainda há muito a fazer; defende que gestores têm falta de audácia. 02h41m33: Castanheira dá como exemplo a Cimeira do Zaire (onde foi celebrada paz entre MPLA e UNITA), onde raros Órgãos de Comunicação Social portugueses estavam presentes. 02h43m37: Moreira da Silva diz que conceção do «Público» (jornal do grupo Sonae que surgirá nas bancas dentro de 6 meses) é muito diferente da dos outros jornais portugueses e não há envolvimento direto de acionistas na administração do jornal. 02h48m00: Castanheira afirma que o que mais o preocupa é a diferenciação entre projetos empresariais e projetos jornalísticos; adianta que grande êxito dos jornais semanais se deve ao facto de terem a quase exclusividade do jornalismo de investigação. 02h50m58: Sena Santos diz que "O Independente" e a TSF são fenómenos notáveis porque agitaram a informação conformista que existia. 02h52m40: Barbosa garante que o seu grupo nunca teve ambições políticas nem ligações a partidos; diz não estar contra aparecimento de novos jornais nem contra o grupo Sonae querer entrar na Comunicação Social, apesar de não lhe passar pela cabeça que o grupo Presslivre abra um supermercado. 0 2h57m12: Moreira da Silva diz que se tem assistido a aventuras perigosas e garante que grupo Sonae não entra em aventuras, sublinhando que o «Público» é um negócio para ganhar dinheiro.