A Guerra Também foi Nossa

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Programa de informação sobre a participação dos portugueses na guerra civil de Espanha entre 1936 e 1939, provocada por uma tentativa de golpe militar contra o governo da Segunda República Espanhola, com depoimentos de familiares de mortos e desaparecidos durante o conflito, uma reportagem da jornalista Ana Luísa Rodrigues.

  • Nome do Programa: A Guerra Também foi Nossa
  • Nome da série: Linha da Frente
  • Locais: Pontevedra
  • Personalidades: Ana Luísa Rodrigues
  • Temas: Sociedade
  • Canal: RTP 3
  • Menções de responsabilidade: Jornalista: Ana Luísa Rodrigues. Coordenação: Mafalda Gameiro. Produção: Cristina Godinho.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Stereo
  • Relação do aspeto: 16:9 PAL

Resumo Analítico

Fotografias antigas sobrepostas com pôr-do-sol; familiares de Manuel Graciano Araújo leem carta escrita por si em 1936 momentos antes de ser fuzilado em Pontevedra; Conceição Araújo da Silva, neta de Manuel, refere as consequências que a morte do avô teve na vida de sua mãe; fotografia e folha de matrícula de Manuel; António Gaspar Amorim, irmão de Manuel Graciano Araújo, recorda a notícia da morte do irmão por fuzilamento. 04m05: Vistas de Pontevedra e placa de homenagem às vítimas da guerra civil espanhola; Dionísio Pereira, investigador do projeto “Nomes e Voces”, sobre a condenação de Manuel Graciano Araújo e a participação de portugueses na guerra civil espanhola alternado com fotografias antigas e documentação alusiva à guerra; imagens noturnas; exterior da Câmara Municipal de Gondomar, em Pontevedra; António Araújo Quintas refere a detenção do avô Abílio Barbosa; Sérgio e Eduardo Araújo, filhos de Abílio Barbosa, recordam as dificuldades porque passaram aquando da detenção e as filiações partidárias de esquerda do pai. 07m56: Jornalista Ana Luísa Rodrigues e familiares de Abílio Barbosa dirigem-se para a Igreja de San Xián; Carlos Méixon, historiador do Instituto de Estudos Miñoranos, sobre o seu interesse pela guerra civil espanhola e especificamente pelo caso de Abílio Barbosa; Fernando Rosas, historiador, refere a existência de portugueses entre os mortos e desaparecidos durante a guerra. 10m00: Imagens a preto e branco e fotografias representativas da guerra civil espanhola alternado com documentação histórica relativa à participação de portugueses na guerra e Fernando Rosas destaca a influência e o apoio que o Estado Novo deu ao regime franquista e a ação de António de Oliveira Salazar, presidente do Conselho de Ministros, alternado com imagem a preto e branco de António de Oliveira Salazar a discursar; Isabel, funcionária do Arquivo Histórico Diplomático (AHD), circula no depósito que acondiciona documentação sobre a guerra civil espanhola e Ana Luís Rodrigues consulta a documentação e cartas na sala de leitura alternado com depoimento de Dionísio Pereira comenta a ação do Estado Novo na repressão de notícias sobre a guerra civil espanhola; António Gaspar Amorim refere as cartas que o irmão Manuel Graciano Araújo enviou para a família; Conceição Araújo da Silva refere a descoberta das cartas escritas pelo avô; herdade da Coitadinha em Barrancos e mapa da Península Ibérica. 16m02: Dulce Simões, antropóloga, destaca o fluxo de refugiados registado na fronteira galaico-portuguesa e em Badajoz durante a guerra; José Manuel Corbacho, da Associação para Recuperação da Memória Histórica (Asociación para la Recuperación de la Memoria Histórica) (ARMH) da Estremadura, refere a matança em Granada, o homicídio de Garcia Lorca, o bombardeamento de Guernica e a matança em Badajoz alternado com imagens a preto e branco de explosões, população a fugir e cadáveres; documentação histórica e relatórios e artigos de jornais sobre o acontecimento de Badajoz e cartão de identificação do jornalista Mário Neves. 18m14: Imagens de arquivo de entrevista concedida à RTP a Mário Neves em 1987 e imagens a preto e branco de explosões e confrontos militares; José Manuel Gorbacho comenta a presença dos jornalistas em Badajoz e a entrada de militantes franquistas no território português alternado com fotografia e imagens a preto e branco da Praça de Touros onde foram executadas várias pessoas em 1936, marcas de balas no exterior da Catedral de São João Batista e ponte em Badajoz; grafismo com fotografias; imagens a preto e branco de refugiados. 20m27: Exibição do grupo coral "Vozes de Barrancos" e Francisca Agudo “tia Xica Maruja” relembra as atrocidades da guerra e a compaixão que havia entre as pessoas alternado com descerramento do painel que assinala a zona do Campo de Refugiados da Coitadinha em Barrancos; fotografia antiga de Francisca. 21m37: Tomas Carbonero Caraballho, neto de refugiado que esteve na herdade, caminha pelo local acompanhado pelo filho e por Francisca e refere a importância de transmitir esta informação ao filho; montes e rio Ardila e mapa; fotografias do Tenente António Augusto Seixas da Guarda Fiscal alternado com José Manuel Seixas, neto do Tenente Seixas, refere o facto de o avô ter desobedecido a Salazar e de ter ajudado os refugiados alternado com depoimento de Gracia Velásquez, antiga refugiada de Barrancos, recorda episódios ocorridos na herdade e folheia álbum de fotografias; Francisca Agudo “tia Xica Maruja” refere a distribuição de água e as visitas do médico aos refugiados; grafismo. 24m58: Dulce Simões tece comentários sobre a posição e postura de Salazar face aos refugiados e ação do Tenente António Augusto Seixas na ajuda aos refugiados; vistas da Herdade da Russiana; grafismo do percurso dos refugiados entre Barrancos e Tarragona; depoimento de Gracia Velásquez sobre a ida para Tarragona na Catalunha e os locais por onde passou com a família; Gordillo, coordenador do projeto “Todos los nombres”, destaca a morte de portugueses e das represálias que sofreram ; entrada do município de Puebla de Guzmán na província de Huelva; Cecílio Gordillo e Elena Vera Cruz, arqueológa, referem o aparecimento de registos portugueses na vala comum; mão folheia livro de registo dos enterramentos; grafismo. 28m58: Vistas de Mina de São Domingos em Mértola; Jacinto Martins dos Santos, sobrinho de Jacinto Carrusca, recorda a condenação e fuzilamento do tio e Lisete Palma Rita, sobrinha de Henrique e José Azedo, recorda os fuzilamentos e como estes afetaram a sua família e a existência de companhia espanhola “Arca Negra” alternado com fotografias antigas; placa indicativa de Puebla de Guzmán e campos agrícolas. 31m42: Elena Vera Cruz refere os locais de enterramento dos portugueses; Lisete Palma Rita destaca a dificuldade de transladar os restos mortais dos familiares; Nuria Maqueda, arqueóloga, limpa osso e refere as exumações de corpos que foram realizadas no antigo cemitério civil de Ponferrada; René Pacheco, da ARMH de Ponferrada, destaca a informação retirada dos ossos encontrados alternado com interior e investigadores no laboratório da associação;; imagens a preto e branco de aviões militares, populares a fugirem e cadáveres; Fernando Rosas refere a ocupação franquista do território; José Manuel Corbacho e Alejandro Rodrigues, da ARMH de Pontevedra, referem o elevado número de desaparecidos na guerra em Espanha; René Pacheco menciona os mortos exumados vítimas do grupo republicano e agrupa achados arqueológicos no laboratório. 36m06: Equipa de antropólogos forenses limpa esqueleto encontrado durante escavacação arqueológica; populares observam valetas em Corunha na Galiza em outubro de 2016 e em Guadalajara em Castela em janeiro de 2016; José Manuel Corbacho refere a exigência do Comité de Direitos Humanos das Nações Unidas que o governo espanhol apoie as vítimas do franquismo e o enterramento de pessoas no cemitério de San Juan alternado com planos do cemitério e monumento. 37m46: Monumento instalado sob vala comum em Badajoz; Tomas Carbonero Caraballho destaca a dificuldade de lidar com o facto dos familiares das vítimas não saberem onde estas repousam por estarem numa vala comum e Eduardo Araújo destaca a importância de saber o local do enterramento; flores colocadas no muro do Cemitério de Pereiró em Vigo; local onde estão enterrados José Maria Sena e Ramiro Mateus (grafismo) na aldeia galega de "Campobecerros"; Dionísio Pereira refere a falta de registos documentais do enterramento de portugueses em Espanha e lê documento oficial comprovativo alternado com fotografia antiga de mineiros e a campa de António Ribeiro, português morto em agosto de 1936, instalada na beira de estrada. 40m55: Vista em movimento de ponte; placa com os nomes dos portugueses mortos durante a guerra civil espanhola, instalada em Monção junto ao rio Minho; Eduardo Araújo recorda o momento em que desenterram o pai e reconheceram os seus pertences pessoais; esqueletos enterrados e processo de exumação na vala de San Xián na Galiza em abril de 2009; Sérgio e Eduardo Araújo visitam a exposição itinerante dedicada às vítimas da guerra e Eduardo refere a sua satisfação quando recebeu os restos mortais de seu pai que agora se encontra num jazigo e António Araújo Quintas refere a dor e o luto dos familiares e visita o jazigo de família.

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