A criação é uma coisa mental – Parte II

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Segunda parte do programa apresentado por Maria João Seixas sobre o processo de criação artística, nas suas vertentes mental e física, a origem da descoberta da profissão do artista e o reconhecimento público em Portugal, com os convidados Maria Velho da Costa, escritora, Pedro Cabrita Reis, pintor, Carlos Zíngaro, compositor e músico, e Paulo Rocha, realizador de cinema.

  • Nome do Programa: A criação é uma coisa mental
  • Nome da série: Quem Fala Assim...
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Maria João Seixas, Maria Velho da Costa, Pedro Cabrita Reis, Carlos Zíngaro, Paulo Rocha
  • Temas: Artes e Cultura, Educação
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Maria João Seixas. Colaboração: Maria de Fátima Bonifácio. Produção: Rui Esteves, Maria de Fátima Cavaco e Paulo Cardoso. Realização: Fernanda Cabral.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Maria Velho da Costa fala sobre a realidade limitativa das editoras preocupante para quem se inicia na escrita, a quantidade reduzida de vendas dos seus livros, que não a impede de conseguir o apoio de uma editora, a dificuldade em escrever em regime part-time, o exemplo do seu livro "Lúcia ?lima" como busca de sensatez para a satisfação do autor sem os melhores resultados, a importância atribuída à palavra, o desejo insatisfeito de acompanhar a sua imaginação com a escrita e as fontes de inspiração que estimulam a criação, a necessidade de ter um feedback positivo de pessoas com talento para perder o medo da recetividade das suas obras e sobre a ausência do prazer do reconhecimento na escrita devido à impossibilidade de discussão direta com o público. Paulo Rocha explica que no cinema as críticas precisas só vêm de pessoas da área e dá o exemplo da "Ilha dos Amores" e as consequentes reações no Japão para demonstrar o papel do cinema no alertar consciências e marcar épocas. Pedro Reis confessa-se um curioso pela poesia. Carlos Zíngaro clarifica que tem intimidade com o público, que nunca o convidaram para gravar trabalhos em Portugal e refere uma proposta luso-britânica para Lisboa enquanto capital cultural. Pedro Reis explica que se mostrou poucas vezes em Portugal em sítios pouco tradicionais, explica que no estrangeiro há uma preocupação inerente à inspiração artística portuguesa em termos de movimento ou individualmente. Maria Velho da Costa refere um maior isolamento do centro da cidade após a vinda de Cabo Verde, que não é convidada para ir a escolas portuguesas e que a sua presença em colóquios é ocasional, lê um texto seu de suporte a fotografia do livro "Das Áfricas" acrescenta que trabalhar em grupo é benéfico. Paulo Rocha explica as razões da morosidade da concretização do filme "A Ilha dos Amores" rodado no Japão, tanto pelas condições físicas e materiais como ao nível estilístico de filmagem da história com um pequeno excerto do filme em japonês com legendas, o realizador revela dificuldades em enviar dinheiro para o Japão. Zíngaro divide a criação musical espontânea e a premeditada confessando o prazer do surgimento natural da obra. Pedro Reis fala do processo de gestão de ideias constantes, a necessidade de parar de criar de forma a conseguir descobrir as melhores de entre todas. Maria João Seixas agradece a presença dos convidados. Rubrica "Ópera Imaginária": filme "La Donna é mobile" de Monique Renault ao som da ópera homónima "Rigoletto" de Giuseppe Verdi.

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