7º Congresso Extraordinário do PCP em Lisboa
Lisboa, Pavilhão dos Desportos, Álvaro Cunhal, secretário geral do PCP, e Joaquim Pires Jorge, membro do Comité Central do PCP, discursam no âmbito do 7º Congresso (Extraordinário) do PCP, tendo como ordem de trabalhos a discussão e aprovação de alterações ao programa e estatutos do Partido.
Resumo Analítico
51m29: Álvaro Cunhal discursa sobre a orientação do partido em torno dos princípios do internacionalismo proletário, expressa solidariedade pelos que ainda se encontram na clandestinidade, refere a liberdade de que goza o povo português, a necessidade de mudança do poder económico com intervenção do Estado sem prejuízo da iniciativa privada não monopolista, intercalado com aplausos dos militantes. 53m50: Joaquim Pires Jorge discursa sobre a confiança das massas no partido, o derrube da ditadura fascista e a construção de um Portugal livre e democrático; enumera camaradas falecidos; Joaquim Pires Jorge, entre os presentes. 55m34: Álvaro Cunhal disserta sobre o conceito "Ditadura do Proletariado"; militantes e membros da mesa da presidência aplaudem; Álvaro Cunhal dirige-se para a tribuna e discursa sobre as causas da economia deficitária, a necessidade de solucionar os problemas económicos para que a democracia não soçobre, a prática de uma política de austeridade e o reforço de receitas com o aumento dos impostos dos detentores de capital, o melhoramento da gestão das empresas públicas, o apoio à democracia nos campos do Sul e a falta de apoio no Norte e Centro, a difamação dos comunistas, o isolamento político das zonas rurais e a necessidade de ação. 01h04m21: A consciência dos trabalhadores de que é preciso trabalhar muito para construir um Portugal novo e democrático, o atraso de Portugal, a necessidade de aumentar a produção e trabalhar para o país, não para os exploradores, para melhorar as condições de vida, o apelo do Brigadeiro Vasco Gonçalves, Primeiro Ministro do II Governo Provisório, para fazer um Domingo de trabalho voluntário no dia 6 de Outubro, ilustrado com militantes a aplaudir e a assistir; militantes gritam "PCP" de punho erguido; Álvaro Cunhal considera que as eleições não devem ser motivo de rutura entre as forças democráticas mas reforço da unidade e das alianças tendo em vista a construção de um Portugal democrático.