Conferência de imprensa de Mário Soares
Hotel Altis, conferência de imprensa de Mário Soares, secretário geral do PS e ministro sem pasta, sobre o Caso República, os acontecimentos do 1º de Maio e o empenhamento do PS no Processo Revolucionário em Curso (PREC), na sequência do relatório de análise partidária apresentado pela comissão política do Conselho da Revolução na assembleia do MFA.
Resumo Analítico
Conferência de Mário Soares, ladeado por Mário Sottomayor Cardia e Francisco Salgado Zenha, afirmando que PS não foi ouvido no inquérito feito pelo MFA, Movimento das Forças Armadas, aos acontecimentos do 1º de Maio e que dá "acolhimento à versão falsa da Intersindical". Mário Soares refere-se à responsabilização do PS "ao nível do Governo" e ao pacto assinado com o MFA; à lei de regulação das eleições nos sindicatos e às eleições autárquicas; critica o MDP afirmando que em breve "vai deixar de ser um partido para se transformar numa agência de empregos públicos" e "o povo português não quer, não aceita uma ditadura comunista em Portugal". Chegada de Raúl Rego, deputado do PS e diretor do jornal "República" acusado de ter transformado o jornal no "órgão oficioso do PS" pelos trabalhadores. Mário Soares refere-se à constituição de milícias armadas por "certas forças políticas", à participação do PS no Governo, à tomada de decisões efetuadas pelo Governo sem conhecimento e consulta de alguns dos próprios membros do Governo, ao empenho do PS no processo de descolonização de Angola, aos problemas económicos e às nacionalizações, ao desemprego e aos retornados, ao investimento externo, à Batalha da Produção, ao significado da democracia política e ao tipo de ligação existente entre o MFA e o povo.