1º Congresso Nacional do PS
Reitoria da Universidade de Lisboa, Aula Magna, intervenção de Mário Soares no 1º Congresso Nacional do PS na legalidade organizado por Vítor Cunha Rego onde se define a política e a estratégia do partido até às eleições de Março/Abril de 1975 e se realizam as eleições partidárias para os órgãos do PS.
Resumo Analítico
Discurso de Mário Soares, secretário geral do PS, de apresentação do relatório "Socialismo, sim, ditadura, não!" e sobre a organização e a ordem dos trabalhos e assuntos a debater no congresso, os convidados nacionais e internacionais. Refere as adesões ao partido, o equilíbrio da implantação nacional do PS, a participação da juventude e das mulheres, o PS como partido do povo, a dificuldade da mobilização das adesões ao partido, todos compõem o partido, a preparação do povo português para o regime democrático, o respeito pelo eleitorado, a política de descolonização e a cooperação de Portugal com a comunidade internacional. Mário Soares comenta a questão de Angola, a nova política externa, a situação económica nacional, a insatisfação dos trabalhadores e empresários, o aumento da consciência sindical, o PS manifesta-se contra a unicidade sindical. Refere o ensino português, a desordem como contrária à liberdade, as pressões partidárias nos meios de informação pondo em causa a liberdade de expressão em Portugal, o direito à igualdade e à liberdade de pensamento, o ideal do socialismo, o PS não copia modelos políticos, a originalidade da revolução portuguesa, a importância da aliança do PS com o Movimento das Forças Armadas (MFA). Mário Soares comenta as críticas de outras forças partidárias, os objetivos do partido a curto prazo, a importância das eleições para a Assembleia Constituinte e eleições municipais, a ligação do MFA ao processo de democratização da sociedade portuguesa mesmo após as eleições. Mário Soares refere o alargamento do Conselho de Estado, o PS como partido de massas, o desconhecimento das preferências eleitorais do povo português, a definição de uma estratégia eleitoral, a possibilidade de inclusão nas listas socialistas sem partido e a necessidade da defesa da unidade do partido.