Divergências entre centrais sindicais
Frente a frente entre Manuela Teixeira, sindicalista da UGT de tendência PSD, e Rui Oliveira e Costa, dirigente da UGT de tendência socialista, sobre as divergências entre as duas facções na central sindical.
Resumo Analítico
Manuela Teixeira começa por dizer que as divergências dentro da UGT são um problema de fundo que pode pôr em causa o sentido da UGT, pois esta central sindical foi constituída por dirigentes sindicais socialistas e sociais democratas independentes e preocupados com os interesses do trabalhadores, distanciando-se da estratégia comunista da Intersindical; acusa Torres Couto, Secretário Geral da UGT, de apoiar uma lista comunista nas eleições do maior sindicato dos Bancários; de afirmar que no futuro o, 1º de Maio pode ser celebrado em comum com a Intersindical. Rui Oliveira e Costa contrapõe que a UGT é um espaço plural e democrático com ou sem os TSD; e que há 2 questões em causa, uma é os trabalhadores e dirigentes sociais democratas que estiveram com os dirigentes socialistas e independentes, na 1ª linha durante a noite da greve geral de 28 de Março; outra é a estrutura partidária dos TSD, a 48 horas da greve geral, Arménio Santos, Secretário Geral dos TSD, desiste do tempo de antena da UGT e diz que só se mantém na greve geral se os socialistas fizerem outro tipo de aliança nas eleições do Sindicato dos Bancários; Rui Oliveira refere a demissão de Manuela Teixeira dos TSD na sequência destes acontecimentos. Manuela Teixeira confirma ter discordado com a posição tomada pelos TSD; sugere a Torres Couto que explique ao país que ela é uma comissária politica e afirma estar magoada com todos os insultos; afirma ter por Arménio Santos apreço e reconhece o seu sentido ético único; afirma que Arménio Santos considerou que o PCP de se tinha aproveitado da greve geral e se demarcou da greve. Rui Oliveira e Costa acusa Arménio Santos de ter mudado a sua opinião face à greve geral depois de uma audiência que teve com o Presidente da República; e de ter votado favoravelmente na greve geral no Congresso de Braga e no Secretariado Geral da UGT, e depois a favor do pacote laboral do Governo no Parlamento.