Debate sobre o Acordo Económico e Social
Jornalista, José Eduardo Moniz modera o debate, com os convidados Nascimento Rodrigues, dirigente do PSD, e Domingos Abrantes, do PCP, sobre o novo Acordo Económico e Social.
Resumo Analítico
Moniz apresenta os convidados; Nascimento Rodrigues defende que o novo acordo é bom para o país porque é mais vasto do que os anteriores, não abrangendo apenas os salários; dá como exemplos as questões relacionadas com a segurança social e o limite máximo de horas semanais de trabalho, como aspectos positivos do documento; Domingos Abrantes diz que este é um mau acordo porque põe em perigo alguns dos direitos dos trabalhadores; afirma que os salários reais continuarão a ficar degradados e adianta que o salário mínimo fixado agora é insuficiente, tal como o aumento das reformas; acrescenta que o horário semanal de 44 horas é excessivo; 44m22: Nascimento Rodrigues nega que o Acordo implique uma baixa dos salários reais e sublinha a atitude de diálogo do Governo ao discutir com os parceiros sociais os valores do salário mínimo e das pensões de reforma; Domingos Abrantes afirma que o documento está cheio de afirmações demagógicas; diz que a inflação será superior à previsão de 11% e, por isso, os salários reais diminuirão; acusa o Governo de ser o primeiro a não cumprir o Acordo ao propor aumentos salariais de 11,5% na Função Pública; diz que 80% dos pensionistas portugueses recebem, apenas, a reforma mínima; Nascimento Rodrigues afirma que só entre 6 a 8% dos trabalhadores recebe o salário mínimo e que todos os outros têm salários mais altos; defende que este Acordo permitiu uma verdadeira aliança para o progresso entre Governo e parceiros sociais; Abrantes nega que o seu partido esteja sempre fora de todos os consensos; reafirma que o Acordo será prejudicial para os trabalhadores.