A comunicação social e os casos de corrupção
Lisboa, papel da comunicação social na divulgação de casos de corrupção, como o ocorrido no Ministério da Saúde e o que ficou conhecido como o caso do "fax de Macau".
Resumo Analítico
Conferência de imprensa de Carlos Melancia, ex-Governador de Macau, cargo que exerceu entre 1987 e 1990, quando se demitiu por alegado envolvimento num caso de corrupção passiva designado Caso Fax de Macau, sobre as razões que o levam a criticar o inquérito de que foi alvo por considerar que não há prova capaz de suportar a acusação e a condenar alguns órgãos de comunicação social que abordaram o caso de forma sensacionalista criando junto da opinião pública a ideia da inevitabilidade de uma acusação formal; declarações de João Silveira Botelho, ex-Chefe de Gabinete de Leonor Beleza Ministra da Saúde, sobre a violação do segredo de justiça; grafismo com a foto de Costa Freire, ex-secretário de Estado da Saúde acusado de corrupção no fornecimento de material informático e de uma campanha de publicidade ao Ministério da Saúde, que se encontra detido nas instalações da Polícia Judiciária e excertos de declarações por si proferidas; entrevista a Artur Portela, jornalista, sobre a adequação do poder judicial que honra a democracia e da comunicação social que considera positiva; entrevista a Paulo Portas, director do jornal semanário "Independente", sobre a importância de, pela primeira vez, figuras públicas de relevo político serem acusadas de corrupção pelo próprio Estado, mostrando aos cidadãos que a lei também se aplica aos políticos e a importância da Procuradoria-Geral da República; exteriores da Procuradoria-Geral da República; opinião de Artur Portela de que a função da imprensa é questionar o poder, no bom sentido do termo, divulgando a verdade e que, por isso, não deve ser julgada pelo Estado; opinião de Paulo Portas sobre as manobras feitas pela classe política a fim de garantir a sua inocência e dificultar a divulgação de casos em que se vê envolvida.