Entrevista a Laborinho Lúcio
José Eduardo Moniz, jornalista entrevista Laborinho Lúcio, Ministro da Justiça, sobre o panorama da Justiça em Portugal.
Resumo Analítico
Laborinho Lúcio crê que há uma crise na Justiça portuguesa porém ela não é repetida por toda a parte do mesmo modo; no Ministério da Justiça faz-se a distinção entre Lisboa e Porto e resto do país; da ideia que a burocracia defende o cidadão da arbitrariedade da administração perde-se nos dias actuais pois existem outros mecanismos para isso; necessidade de uma política mais geral em vez de intervenções localizadas; a Justiça deve ser encarada numa situação de Estado e não numa situação partidária; afirma que a Justiça em Portugal não é cara e dá o exemplo de um processo de divórcio em que o mais barato é a parte da sessão do tribunal; a gestão financeira do Ministério da Justiça tem alguma "saúde" mas não é completa, não permitindo a solução dos problemas dentro da área; refere a necessidade de alterar o estado de espírito que crê que a crise está instalada para poder alterar a situação da Justiça; para o cidadão perceber o que é o direito à justiça o cidadão tem que conhecer os problemas da Justiça, discutir e reivindicar mais e ter a capacidade de se aproximar mais aos mecanismos; deixa a promessa de organizar um sistema de intervenção na Justiça que permita num prazo de um ano uma melhoria significativa.