Vitorino Nemésio, procura relembrar como se vivia nos anos 20, um contributo para a história dos costumes e do exercício do jornalismo; refere que os jornais dessa época tinham as suas redações no Bairro Alto, como seja o Diário de Notícias, O Século, A Pátria, O Mundo, A República; conta um episódio engraçado a propósito de uma reportagem que fez intitulada "Os três Bordalos"; a sua participação na greve de imprensa que durou dois meses enquanto trabalhava no jornal "A Capital", da qual retirou valores de solidariedade; fala na reportagem e entrevista ao Marechal Joffre em 1921; afirma que a imprensa de então era um campo de experiências, sujeita a riscos, com o contato de todas as formas de vivência e acesso a figuras e personalidades como João Chagas e Gastão de Orleães, Conde D´Eu; relembra uma situação engraçada que ocorreu na reportagem efetuada em Tomar sobre o Congresso dos Sindicatos das Indústrias Metalúrgicas; diz que os jornalistas exerciam diversas tarefas, e que nas reportagens externas era necessário ter mais audácia do que estilo, salientando que o jornalista Norberto Lopes retrata bem esses problemas no seu livro.