Vitorino Nemésio afirma que regressa normalmente aos Açores nas férias, à sua origem e diz que é um ilhéu radicado no continente; contextualiza e define as palavras ilhéu, continental e continente; refere os descobrimentos e a ocupação dos Açores e da Madeira, que primeiro foi animal e só posteriormente humana; salienta que a pessoa natural de um País, não tem conhecimento geral de todos os pontos populacionais que o constituem e principalmente os mais distantes geograficamente; diz que as ilhas atlânticas como os Açores, Madeira e Canárias, se caraterizam pela mesma flora e fauna primitiva e condições climatéricas idênticas, uma individualidade que as aparta da continentalidade europeia, embora sejam trampolins na comunicação com a América e África; refere a idade histórica tardia das ilhas atlânticas e respetiva ocupação e povoamento; salienta assim, que os continentais não conseguem conhecer as ilhas onde nunca foram, onde as comunicações são más, difíceis e lentas; onde existe um diferente vocabulário, acentuação, significação e semântica; para ele as ilhas atlânticas são vistas como ilhas ultramarinas, estando pouco acessíveis; por último, refere as parecenças das ilhas com a Figueira da Foz.