O Fenómeno Histórico da Revolução

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Uma reflexão de Vitorino Nemésio sobre os modernos processos revolucionários enquanto fenómenos duma historicidade intensiva e transformadora, que pela sua espontaneidade os tornam numa categoria distinta da História.

  • Nome do Programa: O Fenómeno Histórico da Revolução
  • Nome da série: Se Bem Me Lembro
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Vitorino Nemésio
  • Temas: Artes e Cultura, História
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Vitorino Nemésio
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Preto e Branco
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3

Resumo Analítico

Vitorino Nemésio afirma que se faz história todos os dias sem se saber e fala-se nesta num sentido amplificador, totalista e até aristocrático; a história como certas seleções de grandes momentos, expressos por grandes circunstâncias e aparatos e encabeçados por agentes históricos excecionais, que ficam na memória coletiva; no entanto, a categoria do processo revolucionário que é histórica é distinta da categoria da História; o projeto revolucionário é de uma historicidade intensiva, é aceleradamente transformadora; os conceitos de espontaneidade e dirigibilidade explicam os mecanismos mais lentos ou mais apressados da história e aplicam-se à revolução social, ou seja, a luta de classes na civilização industrial; a revolução russa de 1917 foi predominantemente urbana e do proletariado; segundo ele a revolução traz vários problemas e ilusões, pois pode-se pensar que estamos numa sociedade em transformação, mas apenas ser uma ilusão; para ele o teórico, o historiador e filósofo da história/revolução terá de distinguir na massa dos fatos e na contemporaneidade dos atores a efervescência e a espontaneidade; refere ainda que a orientação da estruturação, da institucionalização compete à representação das bases, que formam a espontaneidade criativa revolucionária; para alguns historiadores essa revolução, acaba por ser genuína, espontânea e pura, mas para outros carece da dirigibilidade da revolução; segundo ele fazer história sem dar por isso, são os atos do dia a dia, sendo uma medida ínfima que não transforma a história senão com uma lentidão quase inoperante e inapreciável, é necessário participar em atos mais vivos e deslocados da massificação de consumo.

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