Eu sou a memória, escondo tudo

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Programa de carácter documental, testemunhos da Guerra Colonial, a deserção e os traumas.

  • Nome do Programa: Eu sou a memória, escondo tudo
  • Nome da série: GERAÇÃO DE 60
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Maria Clementina Diniz, José Augusto Rocha, José Garibaldi, Silvino da Luza, Ruben de Carvalho, Manuel Alegre, Carlos Matos Gomes, Lídia Jorge
  • Temas: História, Política, Sociedade
  • Canal: RTP 2
  • Menções de responsabilidade: Autoria: Diana Andringa. Produção: Luís de Freitas e Mário Mota.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Excerto do documentário "Portugal, Angola, Salazar", da DRS, em off, Adriano Correia de Oliveira, canta "Menina dos olhos tristes". 09m47: Em off excertos de "Jornada de África" de Manuel Alegre, lidos por Manuel Alegre, ilustrado com imagens de arquivo. 10m40: Depoimento de Maria Clementina Diniz, à época psicóloga do Hospital Militar, onde refere o testemunho de jovens a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, que não hesitavam em partir para África, à pergunta ("O que é que vai fazer?" - "Vou defender a Pátria!", "E o que é a Pátria?" - "Ah, isso eu não sei, minha senhora!") respondiam, em off, Manuel Alegre lê excertos de "Jornada de África", ilustrado com imagens do filme "Aqueles que por obras valerosas", do arquivo do Ministério do Exército (1963), confrontos da guerra colonial em Angola. 12m48: Depoimento de Hélder Costa, à época exilado político, hoje ator e encenador. 13m32: Depoimento de José Augusto Rocha, à época dirigente estudantil/alferes miliciano, advogado, onde fala sobre a decisão de ir, ou não ir para a Guerra. 14m19: Depoimento de Manuel Alegre, à época dirigente estudantil/alferes miliciano, hoje deputado do PS, escritor; em off, Adriano Correia de Oliveira canta "Barcas Novas", de Fiama Hasse Pais Brandão, ilustrado com imagens de arquivo de partida de soldados para África. 16m41: Depoimentos de José Garibaldi, à época dirigente estudantil/alferes miliciano, hoje membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, e de Silvino da Luz, estudante/desertor, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde. 18m18: Depoimento de José Augusto Rocha, onde refere a guerra colonial na Guiné, os confrontos com os guerrilheiros do PAIG, e a "Operação Tridente". 19m24: Excerto da peça de teatro "Estilhaços" de Mário de Carvalho, versão cénica de João Brites, com representação de Márcia Breia, Maria Emília Correia e Pompeu José, pelo Grupo de teatro "O Bando" e depoimento de Manuel Alegre. 20m05: Depoimento de Ruben de Carvalho, à época furriel miliciano/enfermeiro, hoje jornalista, e de Maria Clementina Diniz, sobre os traumas e atos de guerra praticados pelos soldados, e a forma como os calam, intercalado com excerto da peça "Estilhaços". 26m22: Depoimentos de Helena Carneiro, estudante, hoje chefe de publicidade, de Silvino da Luz e Manuel Alegre, com relatos de atrocidades passadas durante a guerra colonial em Angola, Manuel Alegre refere o alferes Fernando Leal Robles. 31m40: Filme "Uma Jornada Histórica - Do terrorismo no Congo à manifestação em Lisboa", produzido pelo Secretariado Nacional de Informação (SNI), início da guerra em Angola, destaque para discurso do alferes Fernando Robles em 27 de agosto de 1963, durante a manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, presente o Presidente do Conselho, António Oliveira Salazar. 35m13: Depoimento de Carlos Matos Gomes, oficial dos Comandos, onde diz rejeitar a ideia de "julgamentos por assassínios de guerra". 37m11: Excerto da reportagem "Le bruit et la fureur" da TV Suisse Romande (SSR). 38m36: Depoimento de Carlos Matos Gomes, intercalado com excerto da peça "Estilhaços". 40m45: Depoimento de João Serafim Regueiras, furriel miliciano, atual pastor Evangélico Baptista, sobre a execução de pessoas durante operações militares; imagens de arquivo, mensagem de Natal de soldados, depoimento de Manuel Alegre, sobre o comportamento do soldado português na Guerra Colonial. 43m59: Depoimentos de Lídia Jorge, à época estudante, hoje escritora e membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, de Carlos Matos Gomes, de Maria Clementina Diniz; imagens de arquivo, regresso de soldados do Ultramar, discurso de Oliveira Salazar, diz que "Havemos de chorar os mortos se os vivos os não merecerem". 50m14: Excerto de "Estilhaços". 52m37: Imagens arquivo do Ministério do Exército: Américo Tomás, presidente da República e António Oliveira Salazar, condecoram militares no Dia de Portugal, 10 de Junho de 1963, em cerimónia no Terreiro do Paço em Lisboa.

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