Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Programa cultural apresentado por Paula Moura Pinheiro dedicado à Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa, um projeto do arquiteto Norte Júnior datado de 1904-05, mandada construir pelo pintor José Malhoa para sua casa de habitação e atelier de trabalho, é adquirida por Anastácio Gonçalves, onde viveu e organizou a sua coleção com uma intenção futura de museu, e alberga atualmente coleções de pintura portuguesa, porcelana chinesa e mobiliário europeu conforme nos explica a convidada Ana Anjos Mântua, Historiadora de Arte e Coordenadora da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves.
Resumo Analítico
Vistas panorâmicas dos exteriores da Casa-Museu Anastácio Gonçalves, também conhecida como Casa de Malhoa, pormenores da fachada, Paula Moura Pinheiro comenta a temática do programa. Grafismo com globo terrestre com destaque para o território de Portugal com a cidade de Lisboa assinalada, estátua em bronze de João Oliveira e Daun, Duque de Saldanha, rua, exterior do edifício da Maternidade Alfredo da Costa, exteriores da Casa-Museu Anastácio Gonçalves, destaque para a placa da Casa Malhoa Prémio Valmor 1905, pórtico de entrada, o seu interior. Pintura a óleo "Nu" de Silva Porto (1850-1893), comentários de Ana Mântua sobre este quadro e de dados biográficos do seu autor, pormenores da pintura que reflete a tendência do Japonismo, quadros "Lugar do Prado", "Caminho da Igreja (Sande)", "Barca de Passagem em Serreíeis no Minho", e "A Ceifa", todos de Silva Porto, com a sua temática da ruralidade portuguesa, quadro "A Praia" de João Vaz, referência ao Grupo do Leão, grupo de naturalistas fundado por Silva Porto chamado de "Divino Mestre" pelos outros membros, pintura "O Grupo do Leão", de Columbano Bordalo Pinheiro, 1885, com destaque para o retrato de Silva Porto entre os outros membros, de José Malhoa (1855-1933), João Vaz (1859-1931), António Ramalho (1858-1916), Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), e Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), pinturas expostas de Silva Porto no varandim de cima, breve vista do piso inferior do museu que era o espaço do antigo atelier de José Malhoa, destaque para as pinturas "A Ceifa" de 1884, pintura consagrada, e "A Charneca Alentejana" com pormenores das mesmas, plano em movimento de várias outras. Sala com pinturas de Columbano Bordalo Pinheiro como "Rapariga Bretã" de 1881, "Trecho Difícil" de 1883, quadros a óleo "Senhora de Preto" de António Ramalho de 1884, "A Praia" de João Vaz, escultura "Eva" de João Silva (1890-1960), parede dedicada a José Malhoa com as obras "Retrato do Dr. Anastácio Gonçalves" de 1932, "O Fado" de 1910, "Cabeça de Homem" de 1913, e "Cabeça de Velho" de 1895. Relato sobre a biografia do médico Anastácio Gonçalves e o historial desta casa-museu, imagens do exterior e interior do Museu Sir John Soane em Londres, que serviu de inspiração a Anastácio Gonçalves. Pintura a óleo "Retrato de Silva Porto", de António Ramalho (1858-1916), em mobiliário destaque para o Contador holandês do século XVII, "Retrato do Pintor Ramalho" de Columbano Bordalo Pinheiro de 1885, e "Retrato do Dr. Fortunato da Fonseca", de António Ramalho de 1882. Fotografias a preto e branco de Anastácio Gonçalves com uniforme de alferes miliciano, 1917-1918, e com o seu amigo Alfredo Filipe na frente da batalha, 1917, referências a Anastácio Gonçalves como médico, colecionador, herói de guerra e viajante, fotografias a preto e branco de viagem pelo Mediterrâneo, 1950, do Templo de Castor e Polux, em Agrigento, Sicília, e de viagem a Sidi Bou Saïd, Tunísia, fotografias a preto e branco de Nova Iorque em 1950 com um trecho do seu diário de viagens sobre os museus da cidade. Pintura de título desconhecido (Clown, Cavalo, Salamandra) de Amadeo de Souza-Cardoso de 1911, "As Banhistas", de José de Almada Negreiros" de 1925, e "A Revolta das Bonecas", de Eduardo Viana de 1916, exemplos do naturalismo português, em mobiliário destaque para século XVIII um preguiceiro português, 3º quartel, cadeira de canto, papeleira miniatura, e cómoda-papeleira com alçado, Inglaterra, coleção de porcelanas chinesas, jarrão, jarras e pratos, potes chineses que funcionavam como aquários, papeleira miniatura, Cantão, China, 2ª metade do século XVIII. Interior de quarto de dormir, de escritório e de sala de jantar com vitral na janela, mesa posta com porcelanas chinesas, explanação do projeto de construção deste edifício que alberga o museu, pormenores arquitetónicos do seu exterior, vitrais franceses no janelão, capas dos livros "A Grande Casa de Romarigães" de Aquilino Ribeiro, "Bel-Ami", de Guy de Maupassant, "Le Rouge et Le Noir", de Stendhal, "Portugal, a terra e o homem", de Jaime Cortesão, e "História de Portugal", de António Sérgio, constantes da biblioteca desta casa museu. O episódio da sua morte em Leninegrado, em 1965, documento endereçado à PIDE por Anastácio Gonçalves de pedido de autorização para visitar a União Soviética só com o fim de ver o o museu Hermitage, fotografias do exterior e interior do Museu, em São Petersburgo na Rússia. Vista panorâmica da Casa Museu Anastácio Gonçalves e da zona urbana envolvente.