Das Ruínas do Império
A vida dos navegantes e dos estivadores na barra do Rio Tejo, em Lisboa. O seu quotidiano, as condições de trabalho, e as expectativas para o futuro. Um documentário exibido no Dia do Trabalhador de 1977.
Resumo Analítico
Tripulação de pequena embarcação prepara-se para sair do Porto de Lisboa, com o auxílio de um barco rebocador (em off Eládio Clímaco, declama o poema "Horizonte" da segunda parte de "Mensagem" de Fernando Pessoa); embarcação atravessa o Rio Tejo e aproxima-se de navio; estivadores sobem a bordo do navio; homem manobra cabos; com recurso a guindaste é retirada a carga do contentor do navio para o porão da pequena embarcação; a pequena embarcação desloca-se e aproxima-se do Navio Atlântico; descarga de produtos embalados utilizando rede. 08m46: Estivadores utilizam pás para colocar carga no porão de outra embarcação; barco é rebocado ao longo do Tejo surgindo ao fundo a zona oriental da cidade; estivadores recolhem protecção da carga; cargueiro; homens empilham caixas no interior de embarcação; cabine da embarcação. 12m43: Conversa entre os estivadores sobre as condições de trabalho e o quotidiano, enquanto carregam o porão com produtos embalados; operação de docagem; diálogo entre dois estivadores acerca da participação no processo de descolonização da Índia e do fenómeno da emigração de portugueses para o Luxemburgo em 1974; diálogo intercalado com estivadores a fazer refeição e a comentar a evolução do processo de descarga de mercadorias (em off Eládio Clímaco recita o poema "Calma" da terceira parte de "Mensagem" de Fernando Pessoa). 20m58: Navios de guerra norte-americanos, britânicos, canadianos e português; pastas sobre estratégia militar europeia; radares de navios de guerra portugueses; bandeira dos Estados Unidos da América (em off Eládio Clímaco recita o poema "Calma" da terceira de "Mensagem" de Fernando Pessoa); navegadores desdobram e içam velas; embarcação a atravessar o Rio Tejo; estivador e jovem visitam o Museu da Marinha em Lisboa (em off Eládio Clímaco declama o poema "Ocidente", da segunda parte de "Mensagem" de Fernando Pessoa); estivadores, a bordo de embarcação, atravessam o Rio Tejo e conversam a propósito da inexistência de trabalho e da guerra colonial (em off Eládio Clímaco declama dois trechos do poema "A Última Nau" de "Mensagem" de Fernando Pessoa); destroços de embarcação na praia.