Da vida dos cómicos – Parte I
Primeira parte da entrevista de Maria João Seixas a Ricardo Pais, encenador, Manuel Graça Dias, arquiteto e cenógrafo, João Grosso, ator, e Luís Madureira, cantor e ator, sobre o teatro, a paixão por esta arte, a desintegração entre cultura teatral e educação e a peça "Clamor" de Luísa Costa Gomes, encenada por Ricardo Pais e participação dos atores em estúdio.
Resumo Analítico
Excerto do filme "E não se pode exterminá-lo", realizado por Solveig Nordlund. Jorge Silva Melo declama o monólogo do ator e fala sobre a falta de público nos teatros e a hipótese de tornar obrigatória pelo Estado a sua frequência. Ricardo Pais justifica a abstenção da representação e a sua forma de expressão, Manuel Graça Dias relata o fascínio pelo teatro desde jovem e a polivalência entre profissões e atividades desempenhadas. Ricardo Pais confessa a preferência pelo sentido cenográfico dos arquitetos e diferencia os conceitos cénico, cenográfico, encenação e teatral. Luís Madureira fala sobre a paixão e o consumo da arte teatral, a confluência entre a representação e o canto, a quebra de falta de movimento associada ao recital e a importância da soma do gesto teatral ao vocal. João Grosso refere experiência nos ensaios da peça de teatro "Clamor", de Ricardo Pais, o processo de interpretação, formação da personagem e obstáculos ultrapassados, evolução do modelo de utilização da voz e gosto de lidar com o público. Ricardo Pais fala sobre a escolha de atores, sucessos teatrais sem palavras, a diferenciação do cinema e do teatro enquanto arte.