Todo o livro é literatura? – Parte I

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Primeira parte da entrevista de Maria João Seixas a Clara Ferreira Alves, crítica literária, Augusto Abelaira e Eduardo Prado Coelho, escritores, sobre a existência de literatura para além dos livros, a apreensão do quotidiano a partir da leitura de palavras escritas e a atividade do crítico na mediação da literatura.

  • Nome do Programa: Todo o livro é literatura?
  • Nome da série: Quem Fala Assim...
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Maria João Seixas, Clara Ferreira Alves, Augusto Abelaira, Eduardo Prado Coelho
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Maria João Seixas. Colaboração: Maria de Fátima Bonifácio. Produção: Rui Esteves, Maria de Fátima Cavaco e Paulo Cardoso. Realização: Fernanda Cabral.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Excerto do depoimento legendado de Jorge Luís Borges, escritor ao programa "Testemunhos" exibido em 1984 sobre a importância da espontaneidade da escrita. Maria João Seixas apresenta os convidados e o tema do programa. Augusto Abelaira fala da experiência como júri literário na distinção de qualidade das obras e da importância das referências para a produção literária. Clara Alves refere a necessidade de uma obra literária contar algo, exemplificando com Vladimir Nabokov, escritor russo e professor de literatura, a experiência profissional na seleção de boas obras e a escrita como fenómeno de sedução do leitor. Eduardo Prado Coelho define o patamar de mediação literária associado à impessoalidade generalizada e partilhável, indica a existência de casos de genialidade sem conhecimento da moldura cultural, a distinção das grandes obras e a relação entre leitores e obras de autores. Clara Alves explica as divergências de opinião dos críticos face a um mesmo trabalho e a competência técnica e pessoal e referências literárias intrínsecas à sua profissão. Eduardo Prado Coelho aponta a fadiga associada à leitura obrigatória na avaliação das obras como prejudicial no trabalho do crítico por associar a experiências passadas. Augusto Abelaira diferencia o crítico do escritor e a liberdade de escolha da leitura consoante a identificação do leitor com a obra. Prado Coelho introduz o sentido de justiça necessária ao crítico e ou professor na ponderação das opiniões de outros.

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