Fitas e Factos – Parte II
Segunda parte do programa apresentado por Maria João Seixas sobre o cinema português, a posição pouco proteccionista do Estado e das televisões em relação ao financiamento e exibição das películas e o consequente clima de interrogações face ao futuro a médio prazo da cultura cinematográfica portuguesa, com um painel de convidados composto por Zita Seabra, Presidente do Instituto Português de Arte Cinematográfica e Audiovisual (IPACA), Paulo Branco, produtor e distribuidor, Joaquim Pinto, produtor, e João Mário Grilo, realizador.
Resumo Analítico
Zita Seabra fala sobre: crítica ao tipo de discussão inerente ao cinema baseada nos financiamentos, necessidade de atrair público e executar devidamente a divulgação dos filmes para além do apoio estatal, exibição das películas após o financiamento e a disponibilidade de distribuidores por parte dos produtores, orçamento de produção do IPACA aplicável apenas a filmes, financiamento do Instituto Português de Cinema a encomendas cinematográficas para Lisboa, Capital da Cultura, crítica à RTP por valorizar os critérios comercias face ao aparecimento de outras televisões, necessidade de existência de coproduções, sensibilização para a aposta nos filmes portugueses. Paulo Branco acrescenta o número reduzido de filmes produzidos em Portugal por portugueses, prejuízo da dinâmica dos filmes devido ao objetivo de aumentar o orçamento, situação financeira dos laboratórios, escassez de filmes produzidos como consequência da falta de investimento estatal e privado, crítica à administração da RTP por não apoiar o filme "Monte Abraão". Temas abordados por Joaquim Pinto: investimento no cinema português enquanto componente lógica de um acompanhamento contínuo na produção dos filmes. João Mário Grilo expõe a situação de falta de apoio de comerciais aos filmes portugueses em festivais, a comercialização do cinema nacional, a cultura primária e pouco desenvolvida portuguesa. Rubrica "Ópera Imaginária": Filme "Os pescadores de Pérolas" de Jimmy Murakami acompanhado pela ópera homónima de Georges Bizet.