Alexandre Quintanilha – Parte II

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Segunda parte do programa apresentado por Maria João Seixas, tendo como convidado Alexandre Quintanilha, investigador em biofísica, no qual se aborda a temática da manipulação genética e suas implicações etico-morais no contexto da sociedade humana, bem como até que ponto o investigador não estará a desempenhar o papel de criador.

  • Nome do Programa: Alexandre Quintanilha
  • Nome da série: Quem Fala Assim...
  • Locais: Portugal
  • Personalidades: Maria João Seixas, Alexandre Quintanilha
  • Temas: Artes e Cultura, Ciência e Tecnologia
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Maria João Seixas. Colaboração: Maria de Fátima Bonifácio. Produção: Rui Esteves, Maria de Fátima Cavaco e Paulo Cardoso. Realização: Fernanda Cabral.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

Seixas questiona Quintanilha sobre a quem caberá a responsabilidade de apaziguar os receios que poderão surgir resultantes da manipulação genética, Quintanilha chama a atenção para a necessidade em se clarificar e explicar ao público aquilo que a genética faz, de modo a evitarem-se juízos de valor errados. Quintanilha concorda com a ideia de que o conhecimento se constitui como uma ousadia, acarretando grande risco, incorrendo em penalização para quem o tente obter, sendo a figura de Fausto um bom exemplo disto com excerto do filme "Dr. Jekyll and Mr. Hyde", de John S. Robertson, onde Dr. Jekyll ingere em líquido e transforma-se em Mr. Hyde. Quintanilha remete-nos para a noção de livre arbítrio ao referir a possibilidade do ser humano poder optar entre o bem e o mal, a qual é posta em causa quando se afirma que determinado indivíduo agiu sem estar no exercício perfeito das suas faculdades mentais. Quintanilha refere a possibilidade de certos agentes químicos poderem induzir alterações de consciência e personalidade, lançando assim o receio de controlo químico do pensamento para além do genético. Maria João Seixas questiona Quintanilha sobre a possibilidade dos cientistas se sentirem tentados, tal como Fausto, a convocarem o diabo de modo a obterem respostas para as suas pesquisas, Quintanilha responde que o que o fascina na figura de Fausto prende-se com o facto de, numa versão de Göethe, não ser punido por fazer uso do conhecimento obtido para praticar o bem com excerto do filme "Faust - Eine deutsche Volkssage" de F. W. Murnau, onde se vê o cientista a convocar o diabo, o qual responde ao chamamento. Maria João Seixas refere que os cientistas possuem um grau de rigor e objetividade superiores aos restantes profissionais que também trabalham e procuram desvendar mitos, como poetas, escritores ou filósofos e Quintanilha admite a importância do grau de fantasia na investigação científica, enquanto algo que estimula a curiosidade e impulsiona o próprio processo de investigação. Rubrica "Ópera Imaginária": Filme de animação "Le Veau d'Or" de Hilary Audus, com a ária "O Bezerro de Ouro" da ópera "Faust" de Charles Gounod.

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