O Poeta é um Fingidor? – Parte II

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Segunda parte do programa apresentado por Maria João Seixas sobre o fingimento inerente à condição do poeta, a qualidade das criações poéticas portuguesas, a união entre a poesia e a musicalidade rítmica da voz e o reconhecimento desta dimensão de arte enriquecido com recitais poéticos de "Se um dia a juventude voltasse?", da autoria de Al Berto, "Argumento" de David Mourão-Ferreira e "Matador" de Manuel Alegre, todos poetas portugueses convidados para o programa.

  • Nome do Programa: O Poeta é um Fingidor?
  • Nome da série: Quem Fala Assim...
  • Locais: Lisboa
  • Personalidades: Maria João Seixas, Manuel Alegre, Al Berto, David Mourão-Ferreira
  • Temas: Artes e Cultura
  • Canal: RTP 1
  • Menções de responsabilidade: Autoria e Apresentação: Maria João Seixas. Produção: Rui Esteves, Maria de Fátima Cavaco e Paulo Cardoso. Realização: Fernanda Cabral.
  • Tipo de conteúdo: Programa
  • Cor: Cor
  • Som: Mono
  • Relação do aspeto: 4:3 PAL

Resumo Analítico

David Mourão-Ferreira discorre sobre o carácter essencial da leitura e do relacionamento com a poesia de autores; a classe dos poetas como um elo contínuo de respostas permanentes e de memória involuntária; declama o poema "Argumento"; na tentativa de explicação da condição do poeta, cita o poeta Miguel Torga; refere as potencialidades da prosa desvalorizadas pela reduzida leitura; o valor da poesia portuguesa contínuo desde o seu surgimento; distanciamento da poesia face à sociedade atual. Exposição oral de Al Berto acerca da sedução da palavra; a importância de outras artes que não a leitura, como a fotografia e o cinema, na construção do poema e de um ofício pela liberdade dada ao criador; leitura do poema "Se um dia a juventude voltasse?"; crítica à desvalorização do escritor no país; importância do conhecimento da obra do poeta; a necessidade de eco na comunicação estabelecida aquando da publicação; distinção da boa e da má poesia popular alentejana existente; recusa de integração no modelo de sociedade atual; diferenciação da poesia da sua autoria da, de Manuel Alegre pela falta de versos "guerreiros". Manuel Alegre recita o poema "Matador"; discorre sobre as fortes tradições poéticas de Portugal; abundância poética no resto da Europa; qualidade e o reconhecimento pelo mundo inteiro quando a poesia portuguesa é publicada; fraca consciência de Portugal em relação ao seu valor; uso abusivo dos poetas do país; censura aos poetas e à poesia em comparação com o período anterior ao 25 de Abril; crítica às ausências do domínio poético nos jornais; declamação do poema "Um Adeus Português" de Alexandre O'Neill. Ópera imaginária "Lakmé" da autoria de Delibes animada pelo filme com o mesmo nome de Pascal Roulin.

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