Lisboa, Novembro 1755
Documentário evocativo dos 250 anos do terramoto que destruiu a cidade de Lisboa em 1755, relatando as causas e consequências desta catástrofe natural, e analisando a acção do Marquês de Pombal na reconstrução da cidade.
Resumo Analítico
02m00: Grande plano do pôr-do-sol; rebentação das ondas tendo em segundo plano a cidade de Lisboa; vista do Terreiro do Paço a partir do Rio Tejo e vista panorâmica do casario da zona pombalina (Baixa), captada a partir do Castelo de São Jorge; exteriores e interiores das ruínas do Convento do Carmo; entrada do Convento, encimada com uma janela de estilo Manuelino; planos da estatuária aí existente e de arcos de volta quebrada. 04m13: Maqueta da cidade de Lisboa, antes do terramoto, existente no Museu da Cidade, em Lisboa. 04m45: Animação em 3 D misturada com imagem real, recria a vida quotidiana em Lisboa no dia do terramoto, o início do mesmo e o maremoto que inundou a zona ribeirinha; recriação da destruição, fogo. 07m10: Gravuras da época ilustram a destruição da cidade de Lisboa, provocada pelo terramoto de 1755, intercaladas com declarações de João Cabral, geólogo da faculdade de Ciências de Lisboa, que explica a dimensão e origem do sismo. Gravura alusiva aos acampamentos improvisados e aos enforcamentos dos malfeitores apanhados a pilhar nas ruínas, sito no Campo das Trinas. 12m02: Ana Cristina Araújo, historiadora da Universidade de Coimbra, refere o ambiente vivido em Lisboa após o terramoto de 1755, nomeadamente o número de mortos e seu sepultamento, muitos deitados ao Tejo. Declarações intercaladas com o exterior e interior da Igreja do Sacramento, no Chiado, destruída nessa época; plano da estátua de Nossa Senhora; em alusão aos mortos do terramoto, é referido um achado arqueológico nesta igreja, um esqueleto, designado "morto do Sacramento"; plano geral da área onde se encontra o achado; gravura alusiva à catástrofe. 15m55: Vista do casario na zona pombalina (Baixa), tendo o rio Tejo em segundo plano; vista do Rio Tejo, captada a partir de uma janela fechada; pátio interior do palácio dos Condes de Belmonte e da Ermida de São Jorge, aí existente; planos de cerâmica fina e rústica da época, encontrada nas escavações arqueológicas; pormenores de um painel de azulejos existente na Ermida que conta a história do salvamento de imagens de santos; planos gerais do interior da Ermida; grande plano do rosto de Cristo com coroa de espinhos; plano geral de um altar com Jesus na Cruz tendo a estátua de Nossa Senhora dos Navegantes aos seus pés; plano geral da zona do altar-mor; plano curto da rua dos Navegantes tendo ao fundo a Ermida de São Jorge. 19m04: Pintura a cores retrata Lisboa e suas ruínas, após o terramoto de 1755; animação em 3 D misturada com imagem real recria a vida em Lisboa após o terramoto: criança a brincar com um cão e nobre a falar com um negro; fachada e exterior da Igreja de São Nicolau, destruída pelo terramoto; trânsito junto à Igreja; declarações de José Luís de Matos, historiador, sobre a reconstrução dos edifícios, referindo que as igrejas foram os primeiros a serem alvo de intervenção; planos do casario sendo visível parte das ruínas do Convento do Carmo; Sé Catedral de Lisboa; grande plano do sino com imagem de Cristo na Cruz existente na torre da Sé; planos da torre e da entrada. 23m13: Pormenores de uma alegoria ao terramoto de 1755, da autoria de João de Lama; planos próximos de um folheto da época intitulado "A grande causa do terramoto que padeceo a corte de Lisboa no primeiro de Novembro de 1755", da autoria de Gabriel Malagrida, padre jesuíta. José Luís de Matos, fala sobre actuação do padre Malagrida após o terramoto; planos gerais e próximos do Aqueduto das Águas Livres. 26m18: Animação em 3 D misturada com imagem real, recria a construção da Real Barraca, local onde o rei D. José viveu, após o terramoto; plano do exterior do Palácio Nacional da Ajuda, zona onde ficava a Real Barraca; plano próximo das esculturas que encimam o Palácio; entrada do palácio; grande plano de um sino e de uma torre do Palácio onde está um galo em bronze. Declarações de José Luís de Matos, sobre a conjuntura política após o terramoto e a revolta palaciana que se preparava; estátua e pinturas do Marquês de Pombal. 29m11: Declarações de Maria Helena Barreiros, historiadora da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, sobre a actuação do Marquês de Pombal, nomeadamente na reconstrução de Lisboa; plano picado da Real Praça do Comércio (Terreiro do Paço); plano do arco da Rua Augusta e da sua estatuária; vista do Terreiro do Paço a partir do Castelo de São Jorge; movimento na Rua Augusta; exterior do Banco Comercial Português (BCP) e plano da montra com peças de cerâmica expostas numa vitrina; interiores com estruturas arqueológicas datadas desde a ocupação romana até ao terramoto de 1755; peças de cerâmica romana (ânforas); esqueleto dessa época; vestígios de construções antigas e de estacarias em madeira, do período pombalino (séc. XVIII). Declarações de Jacinta Bugalhão, arqueóloga, sobre a tipologia dos vestígios arqueológicos que datam da época do terramoto de 1755. Vestígios arqueológicos pré pombalinos encontrados durante a construção de um sanitário público, junto à Sé de Lisboa; planos dos vestígios do Palácio dos Marqueses de Marialva, encontrados e expostos no interior do parque de estacionamento do Largo de Camões (azulejos; brasão de armas; vestígios de construções em pedra); plano da Praça Luís de Camões. 34m27: Jacinta Bugalhão refere as características da reconstrução urbanística pombalina da cidade de Lisboa após o terramoto; gravura da Lisboa pombalina, com sobreposição de gravuras dos responsáveis pela sua reconstrução: Carlos Mardel e Eugénio dos Santos; plano picado de ruas da Baixa de Lisboa; movimento de rua (verão); casario; vistas parciais da Praça do Comércio, com pouco trânsito; estátua de D. José I. Maria Helena Barreiros, refere a reconstrução de Lisboa como uma grande obra da engenharia militar portuguesa; gravuras com os planos da construção dos novos edifícios; fachadas de edifícios pombalinos; plano próximo de pombo no beiral de uma casa; plano contra picado da entrada de um edifício, com revestimento de azulejos, ilustrativo do tipo de elementos decorativos pombalinos. 39m07: Simulação computorizada de uma "gaiola pombalina", estrutura anti-sismica construída em madeira, intercalada com declarações de Maria Helena Barreiros que menciona a influência do estilo pombalino que se prolonga até ao séc. XIX; plano actual de uma dessas estruturas em madeira; Ema Coelho, engenheira do núcleo de engenharia sísmica do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), fala sobre a eficácia das “gaiolas pombalinas”; telhados de casas pombalinas; clarabóia; barco com pescadores ao pôr-do-sol. Ana Cristina Araújo, refere o impacto que o Terramoto de 1755 teve na vida da população; fachada de um edifício pombalino; interior do Convento Corpus Cristi em obras de reconstrução; planos de pormenor de elementos arquitectónicos decorativos; idoso na varanda de um prédio; plano geral de edifícios; sr. Gilberto, sapateiro, a trabalhar no vão da entrada de um prédio pombalino, plano próximo das mãos a arranjar um sapato; edifícios no Rossio, junto ao Largo de São Domingos; vista parcial da Igreja de São Domingos; exterior e interior de uma chapelaria: montra com chapéus, máquina antiga de molde de chapéus; movimento de rua (verão), destaque para duas mulheres orientais (chinesas), fonte no Rossio, tendo em segundo plano o Convento do Carmo; exterior e interior da leitaria Camponesa; fachada de edifício revestido com azulejos, idosa numa varanda; cacilheiros cruzam-se no rio; plano próximo e geral da Ponte sobre o Tejo com sol alaranjado em segundo plano; reflexos na água ao pôr-do-sol; placa de loja a dizer “Fechado”; lojistas encerram lojas; movimento de rua; idosas numa varanda; planos da Rua Augusta ao anoitecer, no sentido da Praça do Rossio e no sentido da Praça do Comércio, com a estátua de D. José ao fundo; plano fixo da Praça do Comércio a partir do rio, ao anoitecer, onde se destacam edifícios históricos iluminados como a Sé Catedral, o Panteão Nacional e o Mosteiro de São Vicente de Fora.