Discurso de António de Oliveira Salazar na Assembleia Nacional
Assembleia Nacional, direto do discurso de António de Oliveira Salazar, presidente do Conselho de Ministros, sobre a política ultramarina portuguesa, na sequência das acusações que a Organização das Nações Unidas (ONU) dirigiu a Portugal.
Resumo Analítico
António de Oliveira Salazar dirige-se para a mesa de honra, acompanhado por Albino dos Reis Júnior, presidente da Assembleia Nacional, e pelos secretários Fernando Cid de Oliveira Proença e António José Rodrigues Prata, sendo aplaudido de pé pelos deputados, Albino dos Reis Júnior reabre a sessão e passa a palavra a António de Oliveira Salazar. Discurso de António de Oliveira Salazar em que se refere à "campanha anticolonialista" dirigida a Portugal, afirma que os "Estados responsáveis declararam e alimentaram sempre o propósito de educar, elevar as populações autóctones até estas atingirem a independência", atribui algumas atitudes e ameaças "à pretensão de expansões imperialistas" e considera que a descoberta, conquista, trabalho do solo e a sucessão de gerações concede legitimidade ao "homem branco". 09m48: António de Oliveira Salazar afirma que frase explosiva "a África é dos africanos, pretende refazer a história sem dispor da força para dar solução ao problema" e reflete sobre o racismo branco e negro e a campanha contra Portugal. 14m10: Referência aos recursos disponíveis nas províncias ultramarinas portuguesas, ao conceito de "colonialismo internacional", os investimentos públicos e privados necessários e o racimo que se levanta ao branco em África. 19m34: Considera que "o abandono precipitado dos territórios por parte das potências europeias se me afigura um crime, mais contra o negro que se pretendia elevar do que contra o branco ameaçado de expulsão e despojado de todos os seus haveres", refere alternativas e a entrada do comunismo em África afirmando "sobre o caos construirá melhor" e coloca a questão "Quem serão os futuros colonizadores?". 24m35: António de Oliveira Salazar refere a forma como Portugal chegou e se instalou nos territórios em África, afirma que a ideia de superioridade racial não é nossa, a da fraternidade humana sim, bem como "a da igualdade perante a lei (...) como é próprio de sociedades progressivas", refere a "mistura das populações" como ferramenta para o processo de formação de uma sociedade plurirracial e na "independência e a igualdade dos povos integrados com os seus territórios numa unidade nacional" e destaca o exemplo do Brasil.