Mercado do Povo: Uma Experiência
Programa de artes plásticas, apresentado por Rocha de Sousa, sobre o projeto de intervenção cultural no espaço em Belém batizado de Mercado da Primavera aquando da "Exposição do Mundo Português" de 1940, e rebatizado "Mercado do Povo" a seguir ao 25 de Abril, levado a cabo por um coletivo de professores e alunos da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) a convite do Movimento das Forças armadas, incluindo depoimentos de professores e alunos intervenientes no projeto.
Resumo Analítico
Belém, exterior do edifício do "Mercado do Povo: Rocha de Sousa, junto a andaimes, apresenta tema do programa e fala do papel dos artistas e do contributo que podem dar à sociedade do pós-25 de Abril; barracas de feira e iluminações junto aos antigos pavilhões da exposição do "Mundo Português"; fachada do "Mercado do Povo"; alunos da ESBAL em andaimes pintam paredes exteriores do edifício. Rocha de Sousa entrevista Lima de Carvalho, artista plástico e docente da ESBAL envolvido no projeto, sobre a utilidade deste tipo de intervenções para os artistas e para o público, a importância pedagógica do trabalho coletivo, a boa receção do público à pintura mural não-figurativa, as dimensões política e urbanística deste género de intervenções, e a sua posição pessoal face ao binómio "arte para o povo" e "educação do povo pela arte". Alunos da ESBAL em andaimes pintam paredes exteriores do "Mercado do Povo"; Rocha de Sousa conversa com grupo de alunos da ESBAL participantes no projeto acerca da história e carácter voluntário da iniciativa, da existência de outras atividades letivas e pedagógicas no exterior da escola, os problemas técnicos e artísticos levantados por este tipo de intervenção plástica, e tempo estimado para conclusão da iniciativa. Alunos da ESBAL em andaimes pintam paredes exteriores do "Mercado do Povo"; Rocha de Sousa entrevista Rogério Ribeiro, artista plástico e docente da ESBAL envolvido no projeto, sobre o carácter indispensável deste tipo de iniciativas, a necessidade de incluir a pintura mural no plano curricular da ESBAL e das escolas de arte, as dificuldades inerentes à localização da intervenção e o carácter anti Estado Novo da iniciativa, e a propriedade coletiva dos artistas e da população da intervenção realizada; intercalado com baixo-relevo de estética do Estado Novo. Alunos da ESBAL em andaimes pintam paredes exteriores do "Mercado do Povo".