Cartazes: Um Espectáculo Que nos Conta Todos os Dias
Programa de artes plásticas, apresentado por Rocha de Sousa, sobre o cartaz e o mural de expressão política, a sua grande utilização e divulgação durante os acontecimentos em França durante o Maio de 1968, e o modo como estes foram vistos e usados enquanto forma de comunicação para as massas no pós-25 de Abril de 1974.
Resumo Analítico
Rocha de Sousa apresenta as linhas orientadoras do programa "Perspectiva", a noção de cultura defendida, e o tema do presente programa. Lisboa, vista em movimento pelas avenidas de Roma, da República, da Liberdade; peões e trânsito automóvel na conjunção do Rossio com a rua do Ouro; letreiros e cartazes em montras de casas comerciais; transeuntes na rua João das Regras; circulação de peões vista através de espelho convexo; alunas de design trabalham em estiradores; trabalhos escolares de design e artes gráficas expostos em placards; acompanhado por off de Rocha de Sousa sobre a necessidade de design das empresas, comerciantes e população e a existência de cursos de design vocacionados para o mundo do trabalho. França, imagens de arquivo do Maio de 1968: placa de indicação rodoviária do centro de Nanterre junto a estrada guardada por elementos da polícia de choque francesa ("CRS - Compagnies Républicaines de Sécurité"); jovens em cima de automóvel discursam para manifestação; carga da polícia de choque francesa e fuga de manifestantes; manifestantes apedrejam viatura policial; placa toponímica da "Rue de la Sorbonne", estudantes concentrados diante da universidade Sorbonne, cartaz de protesto estudantil no interior da Sorbonne, líder estudantil Daniel Cohen-Bendit discursa com megafone para grupo de alunos reunidos no pátio da Sorbonne, manifestações no "quartier latin", manifestantes em cima de estátua, polícia de choque reprime manifestação, polícia de choque ferido apoiado por colegas, escaramuças com manifestantes e cargas da polícia de choque com recurso a gás lacrimogéneo, e cartazes da época em língua francesa; com off de Rocha de Sousa sobre o incremento dado ao cartaz como forma de comunicação política e ideológica pelo movimento do Maio de 1968. Lisboa: manifestação sobe a avenida Almirante Reis; manifestante com tacho pintado com a palavra "acabou", manifestantes na alameda D. Afonso Henriques, cartazes, grafittis políticos e pinturas murais em paredes; travelling pela avenida marginal mostrando murais e cartazes de propaganda política; cartazes e murais de propaganda política em várias localizações; grafitti político na base do monumento ao Marquês de Pombal na praça com o mesmo nome; cartazes e murais de propaganda política em várias localizações; circulação automóvel e de peões no Rossio; pintura política sobre asfalto de rua; fachada da estação ferroviária do Rossio e paredes de prédios cobertos com cartazes de propaganda política; restos de cartazes rasgados e cartazes sobrepostos em paredes; acompanhado por off de Rocha de Sousa sobre a explosão do cartaz e do mural em Portugal após o 25 de Abril, o cartaz e o mural como expressão colectiva da revolução em curso e da redescoberta do uso da liberdade em Portugal, o cartaz enquanto símbolo da vivacidade política da comunidade e elemento poluente da paisagem urbana.