Independência da Namíbia – Parte II
Segunda parte do debate moderado pelo jornalista Henrique Garcia sobre a independência da Namíbia e suas implicações na África Austral, nomeadamente em Angola, Moçambique e na África do Sul, tendo como convidados Manuel Villaverde Cabral, sociólogo e historiador, o Comandante Virgílio de Carvalho, investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade Portucalence, e Nuno Rogeiro, analista de assuntos africanos. Inclui uma reportagem do jornalista Mário Crespo que introduz o tema do programa.
Resumo Analítico
Henrique Garcia reinicia o debate; Nuno Rogeiro refere o desconhecimento da atuação de Sam Nujoma se ganhar as eleições, traçando os cenários possíveis, e a probabilidade de ocorrência de uma guerra civil. 37m21: Virgílio Carvalho e Manuel Cabral discordem sobre a alteração das atuais fronteiras dos países africanos por razões tribais. 42m05: Nuno Rogeiro defende que a África do Sul é um espetador interessado na situação na Namíbia e lembra a discussão em torno das forças armadas que este novo país virá a ter; o investigador do Centro de Estudos Africanos lembra a questão da resolução de um problema interno da África do Sul, porque os jovens militares se recusam a prestar serviço fora das fronteiras sul-africanas; 46m48: o analista político explica a disposição dos sul-africanos em acabarem com o apartheid e as implicações desse pensamento em países como Angola e Moçambique; Virgílio Carvalho resume a política dos Estados Unidos da América (EUA) em África e o papel geoestratégico do Zaire. 53m07: Nuno Rogeiro expõe as razões pelas quais entende que não se pode exagerar o papel dos EUA em questões africanas; Carvalho discorda e dá como exemplo o facto de os Estados Unidos da América terem sido o único país a não reconhecer o Governo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e explica as implicações geopolíticas desse reconhecimento com a proximidade com Cuba; Nuno Rogeiro traça os cenários que a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) terá de enfrentar com a independência da Namíbia e uma provável vitória eleitoral do SWAPO; Virgílio Carvalho interroga-se sobre o futuro da UNITA após a morte do seu líder, Jonas Savimbi.