Matrícula identificativa "Figueiredo T. Vedras AG. 50"; traseira de carrinha de caixa aberta com palha; vistas gerais de moinhos, campo agrícola e habitações; mulher transporta um jarro e um balde vazios; cão; mulher enche balde e jarro com água da fonte; plano, ao nível das pernas da mulher, com o balde e jarro com água; crianças junto a tanque seguido de vista geral do mesmo. Vista geral das habitações; criança junto a muro de pedra; exterior de habitação; homem conduz trator de caixa aberta; homem enrola arame e corda fina em torno da torneira da fonte com voz off de morador sobre a falta de ajuda que tem recebido e da jornalista a referir sobre o facto do mesmo morar longe do acesso à água, ao que ele responde "Para meu ver foi o número um cá do lugar, da terra. A água e a luz foi a melhor coisa da terra, para meu ver". Palha a ser transportada em carrinha de caixa aberta com voz off da jornalista sobre se houve alterações nas atividades dos membros da comissão depois da revolução de 25 abril; declarações de homens, membros da comissão, sobre as diferenças nas atividades da comissão de trabalhadores, antes e depois da revolução, a dificuldade de mobilizar a população, a terceira reunião da comissão que uniu os moradores e a comissão de modo a efetuar a elevação da água, o problema da distância da água que afetava a população e a dificuldade que a população, principalmente os mais idosos, tinham em aceder à mesma; com voz off da jornalista a fazer perguntas e alternado com rapariga transporta jarro vazio; vista geral de campo agrícola; homens a trabalhar na palha e criança a conduzir trator. Vivo da jornalista que entrevista moradores sobre o significado que tem para os mesmos conseguir usufruir de água perto de suas casas "Acho que foi a maior maravilha,foi a água e a luz", a importância do trabalho realizado pela população e "a estes belos rapazes que a gente deve tudo e mais alguma coisa"; jornalista entrevista homens, membros da comissão, sobre o projeto da elevação da água e como o mesmo foi executado, a contribuição da população e da Câmara na abertura das valas e no financiamento das obras. Homens trabalham na abertura de valas e na terra de modo a construir uma muralha; morador/membro da comissão pergunta a Sr. Américo se está satisfeito com o trabalho que tem vindo a realizar e sobre a união e colaboração entre os trabalhadores; jornalista entrevista homens, membros da comissão, sobre se consideram que a Câmara lhes dispensa o devido apoio e atenção, a necessidade sentida pelos moradores em executar as coisas por si próprios e avançam com os projetos e respetivas obras, futuros projetos e realizações na aldeia, a construção do clube, a união da população e da comissão de moradores, a ausência de divisão partidária e o nível de politização da população, antes e depois do 25 de abril, bem como o impacto que campanha eleitoral teve na mesma, alternado com homens em carroça puxada por cavalo; vivo da jornalista; plano ao nível das mãos de um dos homens, membro da comissão; homens transportam pilhas de palha para carrinha de caixa aberta; pilhas de palha amontoadas; homens trabalham na palha com recurso a ancinho. Paisagem de campo agrícola e moinhos; restos de construções de pedra; homens trabalham junto a muro de terra; criança e homem caminham à beira de caminho de terra com voz off de jornalista que entrevista morador sobre a forma como ia buscar água à fonte. Jornalista entrevista mulheres, da comissão de mulheres, sobre como surgiu a ideia de constituir uma comissão "Eles disseram que era conveniente que houvesse uma comissão de mulheres porque havia várias coisas que os homens não podiam fazer. Que havia interesse que as mulheres tomassem parte das limpezas aqui da sede e tomar conta dos livros, e sobretudo as obras da capela", a razão pela qual não existem mulheres na comissão de moradores "Nunca fizeram opinião sobre isso", "A comissão de mulheres, assim, acha que está muito bem, mas se fosse mulheres à mistura com homens, os homens não iam gostar", se aceitam esta condição, o trabalho que as mulheres realizam na aldeia, nomeadamente no campo e em casa, o que a revolução do 25 de abril representou e significa para elas "A minha situação é a mesma, concordo que para muita gente seja bom, mas para mim presentemente a situação é a mesma", e o que precisavam para melhor a sua situação "eu precisava de ter um ordenado razoável que me desse para viver e não tenho" alternado com mulheres a seleccionar sementes; planos de caras de mulheres idosas. Jornalista entrevista homens, membros da comissão, sobre se já colocaram a hipótese de constituir cooperativas, tendo em conta que se trata de uma zona constituída por pequenas propriedades "a maioria está de acordo que a única possibilidade de as pessoas se defenderem e elevarem o nível de vida, pois será a constituição de cooperativas de produção, simplesmente a situação está ainda um bocado indefinida" e o receio que a união não seja duradoura. Jornalista entrevista mulheres, da comissão de mulheres, sobre se já colocaram a hipótese de explorar as terras em conjunto, tendo em conta que se trata de uma zona constituída por pequenas propriedades "Eu por mim não tenho conhecimento a fundo como é que isso está a ser organizado, como é que é isso da Reforma Agrária? Eu também sou uma das pessoas que não sei como é que é isso. Oiço falar mas não percebo. A gente ouve falar mas não entendemos a fundo o que é que isso quer dizer" e se já tiveram oportunidade de assistir a sessões ou comícios de esclarecimento sobre o assunto, a resposta é negativa; planos das caras das mulheres; vista geral de campo, tanque e habitações.